5/23/2013

TUDO PRONTO PARA O FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA




Equipe de Trabalho do Fórum pela Paz na Colômbia 
e a Deputada Diana Urrea do País Basco

Em Porto Alegre, está tudo pronto para o inicio do Fórum pela Paz na Colômbia que se realizará entre os dias 24 e 26 de maio. O Fórum é produto de dez meses de trabalho que começou a partir da ideia concebida pela Marcha Patriótica Capítulo Brasil. Depois de quatro meses de articulação com diversos movimentos sociais e políticos do Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia, o Fórum já é um êxito: conta com o apoio destes países, que abraçaram a proposta, além de contar com a participação de centenas de delegados e delegadas de movimentos sociais, partidos políticos, parlamentares do cone sul e de 
outros países como Venezuela, País Vasco e da Europa.  

O fórum tem sido convocado para debater e construir propostas de articulação e solidariedade internacional para a solução política à guerra na Colômbia com os seguintes objetivos: a construção de uma paz com justiça social, democracia e soberania; a participação direta do conjunto do movimento social e popular na mesa de diálogos entre o governo da Colômbia e a insurgência das FARC-EP; o cessar fogo bilateral durante os diálogos; o início de diálogos de paz com as insurgências do ELN e o EPL; o fortalecimento da solidariedade entre os povos de Nossa América.

Esses objetivos se alcançarão usando como metodologia mesas de debate sobre os eixos do fórum: justiça social, democracia e soberania. Também haverá mesas setoriais: terra e território, direitos humanos, militarização, trabalhadores e sindicalismo, mulheres, educação, juventude e parlamentares pela paz. Participarão líderes que se destacaram nesses temas, que contribuirão com elementos para pensar e construir as propostas, que sejam realizadas, aprovadas e coordenadas na Assembleia dos Movimentos Populares do Fórum pela Paz na Colômbia. Além de todo esse trabalho político será realizado um show pela paz com participação de diversos artistas populares latino-americanos com a presença de Daniel Viglietti, Pedro Munhoz, entre outros, além de música folclórica colombiana.

Convidados e convidadas como Piedad Córdoba, David Florez, Pedro Lantieri, Graciela Jorge, Araceli Ferreira, Socorro Gomes, entre outras personalidades que dialogarão nas mesas de debate, assim como as diversas delegações dos países que participarão, já estão começando a chegar a Porto Alegre. Eles e elas vêm em marcha com muito ânimo para seguir avançando nos caminhos comuns que permitam que a paz na Colômbia com justiça social, democracia e soberania seja uma realidade, um avanço na segunda e definitiva independência de toda nossa Pátria Grande Latino-americana.

5/22/2013

ORGANIZAÇÕES CONVIDAM GOVERNO E GUERRILHA A APRESENTAREM SUAS PROPOSTAS PARA A PAZ DURANTE O FÓRUM

O Fórum pela Paz na Colômbia acontece em meio aos diálogos de paz entre o governo colombiano e as forças insurgentes das Farc travados em Cuba. Com objetivo de apoiar o processo de paz e reivindicar maior participação da sociedade civil nos diálogos, as entidades organizadoras do Fórum convidam representantes de ambos lados para apresentarem suas propostas para a paz e debater com os participantes do evento em Porto Alegre.

Segue abaixo o convite traduzido ao português: 


São Paulo, 30 de março de 2013
Senhores Representantes das partes na Mesa de Diálogos de Paz
Governo da República da Colômbia
A/C: Dr. Humberto de la Calle Lombana
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo
A/C: Sr. Iván Márquez

As organizações sociais, sindicais, políticas, negras, de juventude e de mulheres da República Federativa do Brasil e da República da Colômbia que assinam este documento se juntaram para promover um Fórum pela Paz na Colômbia, em respaldo aos diálogos de vêm sendo realizados em Havana e pelo apoio a uma mesa de diálogo com o ELN. Será um fórum da sociedade civil que concentrará seus esforços em abordar temas relacionados com o conflito social colombiano com a finalidade diversa e plural de reunir propostas e iniciativas que fortaleçam a participação popular na construção de um eventual acordo de paz.

 O fórum acontece entre os dias 24 e 26 de maio na cidade de Porto Alegre, localizada no sul do Brasil. Nestes dias discutiremos democracia, justiça social, terras e territórios, mulheres, jovens, direitos humanos, soberania, conheceremos a cultura e a arte colombianas, entre outros temas. Nesse contexto não podem faltar as vozes que estão buscando um acordo na mesa de diálogos de Havana, razão pela qual os organizadores do Fórum convidam o Governo Colombiano e as Farc-EP a expressar suas propostas de paz no dia 25 de maio, entre as 15 e 18h (horário brasileiro). Cada um contará com 60 minutos para manifestar suas opiniões e 30 minutos para responder perguntas.

 Este comunicado será publicado pelos meios autogestionados do Fórum e das entidades organizadoras. Também faremos chegar a vocês esta mensagem através das embaixadas dos países facilitadores do processo de diálogo presentes na República Federativa do Brasil.

 Com desejo de contribuir para a paz na Colômbia;

Atenciosamente,

Comitê Organizador do Fórum pela Paz na Colômbia
(veja a lista das organizações que assinam)

5/19/2013

GRANDES NOMES DA MÚSICA LATINO-AMERICANA APOIAM O FÓRUM PELA PAZ

Uma das atrações artísticas que participará do Show pela Paz na Colômbia, no dia 24 de maio, é  o cantor e compositor uruguaio Daniel Viglietti, um dos maiores expoentes da música de protesto latino-americana, que chegou a gravar um disco junto ao poeta Mario Benedetti. Há décadas, Daniel é artista comprometido com as causas populares latino-americanas, como se pode ver neste  vídeo no qual canta na Nicarágua em plena Revolução Sandinista. Além do cantor uruguaio, haverá a apresentação do show cantoria brasileira, de Pedro Munhoz, Cícero do Crato e Zé Pedro Rocha e outra atrações como grupos folclóricos argentinos e colombianos e rap do Rio de Janeiro.
 
Outros grandes músicos argentinos gravaram mensagens de apoio ao Fórum. Vejam aqui os vídeos de Leon Gieco, Victor Heredia e Piero. A solidariedade latino-americana continua vivíssima. Todos e todas a Porto Alegre pela PAZ na Colômbia!

Até logo! Hasta luego!

5/18/2013

PARAGUAI TAMBÉM SE MOBILIZA EM APOIO AO PROCESSO DE PAZ COLOMBIANO

Najeeb Amado, secretário-geral do Partido Comunista Paraguayo (PCP), que compõe a Frente Guasu, é um dos palestrantes internacionais do Fórum pela Paz na Colômbia. Confira uma entrevista com o jovem líder da esquerda sobre a conjuntura política de seu país e o processo de solidariedade com a Colômbia

- Qual a situação atual dos movimentos populares no Paraguai?

No Paraguai estamos trabalhando pelo reagrupamento do movimento popular, cujo tronco político hoje é a Frente Guasu (guasu significa “grande” no idioma guarani), uma articulação de partidos e movimentos políticos de caráter anti-imperialista. Com o resultado que obtivemos nas recentes eleições conseguimos nos constituir como a terceira força eleitoral, resultado inédito para a esquerda na história política de meu país.

Desde o fim das eleições, estamos trabalhando pela convocação ao Congresso Nacional da Frente Guasu, que pretendemos realizar no dia 10 de novembro deste ano. Ao mesmo tempo estamos compartilhando nossa agenda legislativa, produto do Tape Guasu (Grande Caminho, que é como chamamos ao programa da Frente), com os movimentos de operários, camponeses, estudantis, territoriais, culturais, juvenis e outros.

Ao mesmo tempo em que a vitória de Horacio Cartes fecha uma espécie de trilogia (Massacre de Curuguaty em 15 de junho de 2012, golpe de estado parlamentar em 22 de junho de 2012 e eleições gerais em 21 de abril de 2013) da restauração conservadora reacionária e com traços terroristas, a campanha eleitoral da Frente Guasu, com grandes mobilizações e as votações a favor de nossa proposta claramente anti-imperialista, antioligárquica e popular, mostra uma crescente organização na das maiorias trabalhadoras do campo e da cidade que padecem da impotência de uma classe dominante e de um Estado oligárquico que se mostram absolutamente incapazes de resolver favoravelmente a melhoria da qualidade de vida de setores cada vez mais amplos da população paraguaia.

- Por que o Fórum pela Paz na Colômbia, que acontece de 24 a 26 de maio em Porto Alegre, é importante?

É muito importante que os povos de Nossa América nos expresmos de maneira conjunta a favor da paz com justiça social pra o povo colombiano. Nesse sentido, o Fórum pela Paz na Colômbia que será realizado em Porto Alegre permite uma expressão unificada de apoio aos esforços para alcançar essa paz de terra, essa paz de trabalho digno, essa paz de moradia pra todas e todos, paz de saúde e educação gratuitas e de qualidade, pelas quais tantos homens e mulheres lutaram e deram a vida. Neste Fórum poderemos enriquecer este sentido, esta construção de Nação entendida como povo que se protege e assegura o futuro para seus filhos e filhas, fazendo valer a voz das maiorias, dando matéria e coerência a uma verdadeira democracia. Porque compreendendo o sentido e a importância de uma paz na Colômbia podemos entender nossos processos em cada um de nosso países e avançar na necessária articulação e unidade das lutas populares.

- Quais as implicações que a construção da paz na Colômbia pode ter para o Paraguai e para a América Latina?

Eu dizia que analisar e tentar entender o processo colombiano e fazê-lo nosso, é fundamental para fortalecer as lutas em cada um de nossos países. Acontece que a Colômbia tem sido o centro de operação do imperialismo ianque em nosso continente. Para o Paraguai é de vital importância conhecer o processo colombiano e contribuir para a solução política do conflito social armado que este lindo país vive, porque, entre outras coisas, o Paraguai tem uma localização geoestratégica importante para o Cone Sul de Nossa América e, de fato, o objetivo do imperialismo norte-americano é consolidar em meu país o caráter de centro ao serviço de seus interesses para monitorar os processos regionais, explorar seus recursos naturais e humanos e desestabilizar os avanços democráticos no Brasil, na Argentina, no Uruguai e na Bolívia. Além disso, o fenômeno da mobilização massiva e combativa com a consolidação da Marcha Patriótica como força social e política de massas nos gera uma referência fundamental na hora de compreender o que é a sociedade em seu processo de transformação e formação de consciência, que em última instância destrói e constrói suas estruturas de domínio.

- Poderia enviar uma mensagem a todos lutadores pela paz com justiça social do continente e fazer um chamado para participar do Fórum?

Participar do Fórum pela Paz na Colômbia é um grato dever para qualquer pessoa de bem, porque o Terrorismo de Estado deve ser combatido de maneira exemplar, unitária e popular. Defender a paz com justiça social na Colômbia é defender a vida, é fazer realidade aquela bela e certeira frase de José Martí, que esquenta nosso sangue e dá ritmo a nosso corações quando lembra que “Pátria é humanidade”. Sentir-se parte de um projeto histórico de libertação e entender que, como muito insistiu uma companheira e poeta paraguaia, lutadora exemplar, chamada Carmen Soler, deve-se amar a vida, e por amá-la tanto não se pode querê-la indigna, é simplesmente gratificante. Minha saudação e adimirção a cada homem
e cada mulher que não cede sua dignidade e que manifesta dia a dia a alegria de viver lutando por um mundo melhor, sabendo sem dúvidas que a paz sem voz não é paz, é medo.

5/17/2013

"A POMBA DA PAZ": ENCONTRO FUTEBOLÍSTICO NO RIO DE JANEIRO PELA PAZ NA COLÔMBIA


Em 11 de maio, no Aterro de Flamengo (Rio de Janeiro), realizou-se o primeiro jogo de futebol pela paz na Colômbia. O encontro chamado de "Pomba da Paz" foi uma iniciativa liderada pela Rádio Rua, a Marcha Patriotica Capítulo Brasil e a Rumba Tipo Colômbia.

Várias equipes, de múltiplas nacionalidades, algumas com experiência como time e outras constituídas para a pelada, estiveram no local conhecendo um pouco mais sobre a proposta do Fórum pela paz na Colômbia, que será realizado na cidade de Porto Alegre, nos dias 24, 25 e 26 de maio próximos. 



Além da participação dos jogadores e jogadoras no campo, houve música, churrasco democrático, baile e muitas boas ideias sobre como constribuir para a paz na Colômbia. Assim, com tradicionais formas de passar o tempo livre, a gente conseguiu se reunir para discutir novas maneiras de pensar e viver o país.

A maior satisfação deste tipo de encontros é a possibilidade de criar espaços, coletivos e fraternos, para que todas e todos pudessem compartilhar ideias, preocupações, experiências e perspectivas ao redor da discussão sobre o acontecer colombiano, dentro e fora das fronteiras nacionais. Nesse sentido, espera-se poder realizar novos encontros no futuro com o objetivo de integrar mais e mais colombianos e latinoamericanos residentes na cidade de Rio de Janeiro.

As pessoas que ainda não se inscreveram para participar do Fórum pela paz na Colômbia, podem realizar suas inscrições, preenchendo o formulário disponível no seguinte link 

5/16/2013

COLETIVA DE IMPRENSA MARCA LANÇAMENTO OFICIAL DO FÓRUM EM PORTO ALEGRE

Texto: Samuel Maciel / PMPA

A secretária de Formação da CTB-RS, Eremi Melo, o vice-prefeito Sebastião Melo e o colombiano Mauricio Avilez: a Colômbia vive um momento único pela paz.

O “Fórum pela Paz na Colômbia – Justiça Social, Democracia e Soberania”, que será realizado em Porto Alegre nos dia 24 a 26 de maio, teve seu lançamento oficial durante entrevista coletiva realizada no auditório da AFOCEFE Sindicato, na manhã de segunda-feira, 13 de maio.

Com apoio do Governo do Estado, da Prefeitura – representada no ato pelo vice-prefeito Sebastião Melo – e pela Assembleia Legislativa – local onde será realizada toda a programação – o coordenador do Fórum e porta-voz da Marcha Patriótica no Brasil, Mauricio Avilez, justificou a realização do Fórum. “A Colômbia vive um momento histórico único, pois existem condições enormes para a paz. As manifestações do atual governo demonstram uma real vontade para resolver o conflito que já dura mais de 50 anos. Atualmente está sendo realizado o processo de diálogo em Havana (Cuba), onde estão reunidos membros do governo das FARC desde 18/10/2012. Tanto o governo quanto as FARC manifestam desejo de superar as divergências para que a Colômbia possa finalmente viver em paz”.

Mauricio revelou dados impressionantes sobre a situação atual que vive grande parte da população colombiana. “A Colômbia possui na atualidade mais de 5 milhões de refugiados internos. É o país com o maior número de refugiados do mundo. Quase todos são camponeses que foram obrigados a abandonar suas terras (a população total é de 46 milhões) e não têm como sair do país. Há registros de 67 mil pessoas desaparecidas (dados oficiais da Organização das Nações Unidas – ONU). Cerca de 64% de assassinatos de sindicalistas em todo o mundo ocorrem na Colômbia. E há mais de 9 mil presos políticos, entre sindicalistas, lideranças sociais, os defensores dos direitos humanos, os jornalistas independentes e líderes estudantis”. Prova de que o momento é único para a tão sonha paz, que em 9 de abril ocorreu a “Marcha pela Paz”, que reuniu 1,5 milhão de pessoas nas ruas de Bogotá, como lembrou Mauricio. Por esse momento único, as organizações que compõem o comitê organizador decidiram realizar o “Fórum pela Paz na Colômbia” em Porto Alegre. A capital gaúcha foi escolhida porque vem sediando eventos de impacto, como o Fórum Social Mundial, os fóruns sociais temáticos e, mais recentemente, o Fórum Social Mundial Palestina Livre.

A diretora da Secretaria de Formação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Eremi Melo, uma das entidades organizadoras, destacou a importância da presença dos governos estadual e municipal, além do Poder Legislativo no evento: “Apenas com os integrantes dos movimentos sociais, nós temos dificuldade de obter espaços, mas quando o governo participa, a imprensa é mais sensível às questões tão importantes como esta. É fundamental a divulgação deste Fórum. E nós temos a obrigação de contribuir para o processo de paz na Colômbia, sendo participativos e atuantes nos debates que serão realizados na Assembleia. A paz no mundo hoje se tornou uma grande bandeira para os trabalhadores e trabalhadoras, pois a juventude, as mulheres e as crianças são as que mais sofrem com as guerras”, assinalou Eremi Melo.

O vice-prefeito Sebastião Melo garantiu o apoio do governo municipal à iniciativa. “Nossa cidade é muito acolhedora e solidária na luta pela igualdade, respeitando as diferenças. Há várias crises instaladas no mundo e a Colômbia está dentro deste contexto. Fico feliz de saber que Porto Alegre exerce protagonismo nesse processo de busca pela paz. É muito importante, não só a presença da América Latina, como as ‘Madres da Plaza de Mayo’, que virão, mas que todo o mundo esteja aqui. O prefeito Fortunati assegurou que tudo o que for necessário será feito para que o Fórum pela Paz na Colômbia tenha êxito. É muito acolhedor recebê-los”, afirmou Sebastião Melo.

O Comitê Organizador do Fórum pela Paz na Colômbia é composto por mais de 2 mil organizações sociais colombianas e por cerca de 70 entidades brasileiras. Estão sendo esperados cerca de 2 mil participantes, sendo mil de países da América Latina e mil de todo o Brasil. Os eixos centrais que vão nortear os debates no Fórum são Justiça Social, Democracia e Soberania. Serão debatidos temas como a participação de jovens, mulheres e trabalhadores nos processos de paz, além de serem discutidos assuntos como a questão da terra, direitos humanos e militarização.

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A TVE-RS também reportou em seu telejornal a realização do Fórum pela Paz na Colômbia. Veja a partir dos 9min26s: http://www.youtube.com/watch?v=6ENTpyoA4o4&list=UUibGg_isg69dOUFNedG7UnA&index=4

5/12/2013

FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA É LANÇADO COM SUCESSO EM BUENOS AIRES

No último dia 8 de maio, foi realizado na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires (UBA), o pré-Fórum pela Paz na Colômbia em Buenos Aires, como preparativo para o grande Fórum pela Paz na Colômbia que se realiza de 24 a 26 de maio em Porto Alegre. O evento contou com a presença da porta voz do Movimento Político e Social Marcha Patriótica, Piedad Córdoba Ruiz, lutadora incansável pela paz e pelos direitos do povo colombiano, que pode se reunir com organizações politicas e sociais do campo popular argentino, com o movimento estudantil, o governo nacional, o Congresso da República, as Centrais de Trabalhadores, com o objetivo de fortalecer as relações de companheirismo e solidariedade com a Marcha Patriótica.

Esta visita foi uma oportunidade de seguir fortalecendo os laços latino-americanos de respaldo ao processo de paz que se desenvolve entre o governo colombiano e a insurgência armada das Farc-EP e ao mesmo tempo convidar o povo argentino para participar do Fórum pela Paz na Colômbia na cidade brasileira de Porto Alegre, que será um importante evento de apoio à solução política do conflito social e armado que vivemos na Colômbia a mais de 65 anos, convertendo a paz da Colômbia numa tarefa urgente para toda a região como um fato histórico para fortalecer a unidade latino-americana.

Agradecemos pelos reconhecimentos feitos por diferentes setores políticos, acadêmicos, sociais e governamentais a Piedad Córdoba. Agradecemos especialmente à presidência da Câmara de Deputados da Província de Buenos Aires, ao reitorado da Universidade Nacional de La Plata, à Faculdade de Jornalismo da mesma universidade, à Central de Trabalhadores Argentinos, à Federação de Estudantes da Universidade de La Plata, ao movimento Participação Estudantil, à Articulação de Movimentos Sociais pela Alba.

Todos eles reconheceram seu papel fundamental na busca de uma paz estável e duradoura para a Colômbia e como expressou a líder colombiana, “estas distinções são um reconhecimento a um monte de gente que luta de maneira anônima em cada espaço para resistir e avançar” e que “esta visita nos permite transmitir que há um povo que está sofrendo, que está lutando por parir uma nova democracia, mas que sobretudo se soma à lutas de resistência da região. Não nos esforçamos apenas pela paz, e sim pela defesa do que é a região neste momento”.

Continuamos avançando na construção da Pátria Grande Bolivariana, desde a solidariedade dos nosso povos para alcançar a paz com Justiça Social, Democracia e Soberania que Colômbia e toda América Latina necessitam.

Movimento Político e Social Marcha Patriótica – Capítulo Argentina marchapatriotica.arg@gmail.com, comisioninternacional@marchapatriotica.org

5/10/2013

ANAIS DO PRE-FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA NO RIO DE JANEIRO

Apresentação de abertura Pré-fórum pela Paz na Colômbia: Construindo um caminho para a paz com justiça social, democracia e soberania 

1) Antecedentes dos diálogos de paz

É importante partirmos do questionamento sobre qual guerra é cerne dos diálogos atuais na Colômbia, quais suas causas, para assim podermos refletir sobre o necessário para a construção da paz duradoura.

A respeito do questionamento inicial, uma análise imediata apontaria a guerra na Colombia sendo iniciada na metade  de 1960, com a fundação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e do Exército de Libertação Nacional (ELN), guerrilhas que ainda hoje existem.

Devemos, na verdade, resgatar períodos anteriores, por exemplo, o chamado de "Época da Violência", iniciado a partir do assasinato do candidato presidencial Jorge Eliécer Gaitán em 1948, liderança do Partido Liberal que conseguia unir trabalhadores e camponeses da Colômbia para enfrentar o histórico domínio da oligarquia do país, até findar-se com o acordo das elites políticas, dirigentes do Partido Liberal e Conservador, na "Frente Nacional", em 1957, onde decidiram alternar-se o poder, excluindo qualquer outra expressão de organização política.

Para continuar lendo estes anais baixe o documento em formato PDF no link a seguir: Anais pre-fórum pela paz

5/09/2013

CONVITE PARA COLETIVA DE IMPRENSA


RELEASE: PORTO ALEGRE RECEBE FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

Evento reúne importantes personalidades defensoras do processo de paz neste país que enfrenta mais de 50 anos de conflito armado 

Seguindo sua tradição de ser centro de reunião para processos de solidariedade internacional, Porto Alegre está nos preparativos finais para receber o Fórum pela Paz na Colômbia, que reunirá pessoas e entidades de diversos países da América Latina e Europa durante os dias 24, 25 e 26 de maio. O evento busca reunir a sociedade civil colombiana e internacional em um importante momento histórico, já que desde novembro do ano passado acontece em Cuba uma mesa de diálogos entre o governo colombiano e a insurgência armada representadas pelas Farc, em busca de uma solução política para o conflito.

O Fórum recebe apoio de mais de duas mil organizações colombianas e possui em seu Comitê Organizador mais de 70 entidades brasileiras. “Queremos reunir as contribuições de experiências, produções acadêmicas e culturais das pessoas lutadoras pela paz, pelos direitos humanos e pela democracia de nossa América, que ajudem o movimento popular e social colombiano a ampliar a mobilização social pela paz, porque podemos ser um ator fundamental na busca de acordos legítimos que apontem a resolução das causas sociais do conflito armado”, afirma Mauricio Avilez, um dos coordenadores do evento.

Os eixos centrais que nortearão o debate são Justiça Social, Soberania e Democracia. Serão debatidos temas como a participação de jovens, mulheres e trabalhadores nos processo de paz, além de discutidos assuntos como a questão da terra, direitos humanos e militarização. O evento deve culminar em um espaço de diálogo entre os participantes do Fórum com os representantes do governo colombiano e das Farc, que devem apresentar seus pontos de vista sobre a situação do país e as negociações de paz. Por fim, será realizada uma assembleia geral na qual será elaborada uma carta final pelos participantes.

Entre os debatedores convidados estão a defensora de direitos humanos Piedad Cordoba, ex-senadora e porta-voz do Movimento Político Marcha Patriótica; Gloria Inéz Ramirez, senadora colombiana pelo Polo Democrático Alternativo; as Mães da Praça de Maio; os deputados do parlamento europeu Willy Meyer e Diana Urrea; Najeed Amado, deputado do Parlamento Sul-Americano pelo Paraguai; Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, entre outros militantes dos direitos humanos e lideranças sociais, políticas e acadêmicas.

Além disso, o Fórum recebe atividades culturais como um grupo de música folclórica colombiana de gaitas e tambores; grupo de musica folclórica da Argentina; o Bonde da Cultura de Rio de Janeiro; além do show Cantoria Brasileira, de Pedro Munhoz, Cícero de Crato e Zé Pedro Rocha e da apresentação do cantor e compositor uruguaio Daniel Viglietti, considerado um dos maiores expoentes da música de protesto latino-americana.

SERVIÇO 
Fórum pela Paz na Colômbia
Data: 24 a 26 de maio
Local: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (RS)
Inscrições: R$ 20,00
Mais informações: http://forumpelapaznacolombia.blogspot.com.br

VICE-PREFEITO DE PORTO ALEGRE APOIA O FÓRUM PELA PAZ

Publicado no site da CTB-RS 

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, em nome do Comitê Organizador local do Fórum pela Paz na Colômbia, reuniu-se com o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, a fim de convidar o governo municipal para a participação no evento que será realizado de 24 a 26 de maio na Assembleia Legislativa. Na ocasião, foi solicitado o apoio político e operacional com o objetivo de ceder instalações para acomodar as delegações dos países sul-americanos, bem como recepcionar as autoridades e lideranças parlamentares, entre os quais estão confirmados a senadora Gloria Inez Ramirez, o deputado federal Ivan Cepeda, ambos da Colômbia, além de Wily Meyer e Diana Urrea, deputados espanhóis na União Européia.


O advogado dos Direitos Humanos da Colômbia, Maurício Avilez, um dos coordenadores do Comitê Organizador do Fórum pela Paz, ressaltou a importância do evento. “Nosso objetivo é que se possa conseguir a solidariedade latino-americana, principalmente a brasileira, para respaldar o processo de paz, atualmente em fase de diálogo que está sendo realizado em Cuba entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).”

Segundo Maurício Avilez, Porta-Voz da Marcha Patriótica no Brasil, em torno de mil pessoas estarão presentes no Fórum. Virão delegações da Argentina, do Uruguai, da Colômbia, do Chile, Paraguai e Venezuela. Do Brasil, virão comitivas do Rio de Janeiro, São Paulo, da Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina.


O vice-prefeito Sebastião Melo aceitou o convite e lembrou o fato de que Porto Alegre tradicionalmente tem sido protagonista de eventos por causas humanitárias, entre as quais citou a organização do Fórum Social Mundial, Fórum Social Temático e, recentemente, do Fórum Palestina Livre. Melo adiantou que a Prefeitura vai apoiar no que for necessário, dentro do que a lei permitir, para que este Fórum tenha a repercussão e as dimensões das causas que o motivam.

5/06/2013

A COLÔMBIA É AQUI

A seguinte nota de imprensa foi publicada no Jornal da Seção Sindical dos Docentes da UFRJ correspondente ao 06 de maio, na página 12 e esta disponível no site www.adufrj.org.br

Fotos: Samuel Tosta 

Porto Alegre recebe lideranças de vários países da América Latina para discutir o processo de paz na Colômbia.

A Colômbia vive um momento de efervescência política. A repercussão é restrita no restante do continente porque o assunto está fora do noticiário da grande mídia conservadora. Por isso é quase surpreendente que, de uma hora para outra, chegue a informação  de que nos próximos dias 24, 25 e 26 de maio será realizado em Porto Alegre (RG) o Fórum pela Paz na Colômbia. Trata-se de uma reunião para a qual são esperadas lideranças de vários países da região, organizada pela Marcha Patriótica, movimento político colombiano com amplos contatos internacionais. Militantes buscam apoio da opinião internacional para o processo de negociações aberto com a mesa de diálogo entre o governo e as Farc.

“A paz no nosso país não interessa apenas ao governo e às Farc. A paz interessa aos camponeses, ao povo colombiano”, observa Sérgio Quintero, responsável pela comissão de comunicação do fórum de Porto Alegre. Quintero foi um dos organizadores do encontro que durou um dia na Uerj, com o apoio de sindicatos, partidos e de organizações do movimento social.




Na reunião da Uerj – que contou com a presença do cônsul da Venezuela no Rio, Edgar González- ficou-se sabendo que, há algumas semanas, uma multidão estimada em mais de um milhão de pessoas ocupou as ruas de Bogotá para pedir paz. Quintero explica que a discussão sobre a paz no seu país não pode se restringir ao aspecto militar. “Esta discussão tem que envolver o debate sobre um projeto de sociedade para a Colômbia,com participação de todos”.

O lema do movimento Marcha Patriótico reclama “a luta pela segunda e definitiva independência de todos os povos da América Latina”. A primeira, segundo eles, foi há 200 anos, com as lutas de Simon Bolívar. A Marcha é, portanto, uma força política bolivariana. Na reunião da Uerj, outro militante da organização, Juan Pablo Tapiro, fez um histórico dos conflitos e das tentativas de paz nos últimos 30 anos. Na sua exposição, Juan lembrou o esforço para se envolver o conjunto da sociedade civil (representados pelos movimentos sociais e populares) no debate em busca de um acordo.

As discussões foram encaminhadas por meio de três eixos: justiça social, democracia e soberania. Os participantes debateram sobre a realidade da América Latina e, especificamente sobre as situações na Colômbia e no Brasil.

Paz com justiça social 

Pontos para o Fórum de Porto Alegre

Terra: necessidade da distribuição e apoio do orçamento público dando conta das garantias de indústria agropecuária para uma melhor produção, reconhecendo a diversidade territorial (cultural, geográfica etc.), impulsionando a soberania alimentar, enfrentando os interesses imperialistas de monocultivos, agroindústria e extração de minerais.

Direitos Humanos: denúncia dos crimes cometidos pelo Estado e as suas forças aliadas no enfrentamento às propostas alternativas ao regime imposto pelas classes dominantes. 

Reconhecimento do caráter político da guerra: enfrentando a ideia do antiterrorismo imposta pelos Estados Unidos. Acompanhamento da mesa de diálogo entre as forças insurgentes e o Estado colombiano, na perspectiva de uma saída política ao conflito, com a construção de um país em paz com justiça social.

Construção do poder popular: fortalecendo as iniciativas organizativas, de formação e comunicação que representam os interesses das bases do povo colombiano. De maneira especial, se reconhece a importância das Constituintes pela Paz e as Zonas de Reserva Camponesa impulsionadas pela Marcha Patriótica.

Integração dos povos da América Latina: lutando pela articulação das lutas emancipadoras e o reconhecimento da Pátria Grande Bolivariana, enfrentando os interesses do imperialismo que impede os avanços da nossa América.

Jovens na política: constituição de um mecanismo de articulação da juventude latino-americana em solidariedade à paz da Colômbia. 

5/05/2013

ENTREVISTA COM PEDRO MUNHOZ, QUE SE APRESENTA NO SHOW PELA PAZ NA COLÔMBIA

Uma das atrações artísticas e culturais do Fórum pela Paz na Colômbia, Pedro Munhoz traz no sangue tanto a arte como a política. De seu pai, operário que militou na juventude comunista e posteriormente nas fileiras do brizolismo, herdou a veia crítica que o fazem um artista muito comprometido com as causas sociais. De sua mãe, afinada e de bom gosto musical, e de seu irmão, artista plástico e teatrólogo, aprendeu a gostar das artes. Com seu tio Jaime conheceu a cultura popular e o circo e para seu avô Zeca, grande incentivador, apresentava suas primeiras peças aos 4 anos de idade.

O menino de Barra do Ribeiro, Rio Grande do Sul, cresceu sem perder o compromisso político e a sensibilidade artística. A letra e melodia de Pedro conquistaram o Brasil recentemente com a música “Canção da Terra”, gravada pelo grupo Teatro Mágico e tema da novela Flor do Caribe. Ele se apresenta em companhia de Cícero do Crato e Zé Pedro Rocha no Show pela Paz na Colômbia, no dia 24 de maio, como parte da programação do Fórum.

Pedro Munhoz gentilmente nos concedeu uma entrevista e ainda gravou um vídeo convidando todos e todas a participarem do Fórum pela Paz na Colômbia, de 24 a 26 de maio em Porto Alegre.


ENTREVISTA:

- Arte e política podem andar juntas? Qual a importância da arte para a política e da política para a arte?
Não tem como dissociá-las. A cultura e a arte refletem a sociedade, sua economia, a política, sua estrutura de meios e modos de produção. Ao artista cabe o seu comprometimento com as verdades desta Sociedade, ainda que muitas vezes seja cooptado, fazendo o jogo do Poder. Forma e Conteúdo são as armas poderosas para dizer a verdade ou para ocultá-la. Nos colocamos na primeira opção.

- Qual a importância de resgatar os cantos, musicalidade, tradições e sabedorias dos rincões do
Brasil e da América Latina?
Penso que a palavra chave é: RESISTÊNCIA. Esta é a mais importante ação. Aos/as que militam no mundo das artes é preciso formação permanente para que a sua linguagem artística seja ferramenta permanente na construção de uma nova Sociedade e veja bem, isto não é um jogo de palavras bonitas que estou fazendo aqui. Não, não. O artista popular engajado numa proposta de luta por tempos melhores, precisa ser politizado, dominar as técnicas do seu fazer artístico, usá-las de maneira convincente, ocupando espaços, promovendo o debate, aprendendo sempre. Daí a importância do resgate dos saberes, da cultura popular, andando pelos mais distantes rincões do Brasil, da América Latina e do Mundo, pois a opressão está em todos os lugares.

- Como você vê a relação entre Brasil e América Latina? Como podemos nos aproximar mais?
O Brasil sempre comportou-se como império para os demais países da América Latina. Este é um legado português mantido até hoje. Se vê isto em muitos Estados do Brasil, um país de costa para o seu Continente, ao mesmo tempo se considerando hegemônico por ser o maior em extensão. A maneira de diminuir esta distância é de certa forma com os exemplos de países como Equador, Bolívia, Uruguai, Venezuela que propõem uma luta conjunta contra os desmandos e domínios como o que ocorre na Colômbia por parte dos EUA, combatendo o bloqueio contra Cuba, com ações concretas como faz o MST e tantas outras organizações sociais do Brasil.

- Você já foi na Colômbia? O que conhece da situação deste país? Como acredita que os
brasileiros e latino-americanos podem contribuir para a paz neste país irmão? 
Não, nunca fui a Colômbia. Conheço um pouco de sua história, sua situação social, conheço Julian Rodriguez, um artista colombiano com quem convivi no Equador quando lá estive em 2010. Conheço muitos lutadores e lutadoras da Colômbia ao redor do mundo, por onde já passei. Oxalá um dia tenha a honra de ir a este país-irmão.

- O que os participantes do Fórum pela Paz na Colômbia podem esperar de sua apresentação no evento? 
Penso que podem esperar uma apresentação engajada, comprometida, coerente entre aquilo que vivo e aquilo que canto. Espero que possamos interagir pois o artista popular nada mais é do que um juntador de histórias, suas e de outros, juntador de experiências sintetizadas em canções e devolvidas a quem de direito: O povo, em situações de vida, vividas muitas vezes de forma indevida e injusta. Sou um cantador de histórias reais. Me considero assim.