8/24/2013

ALERTA QUE CAMINHA.... PARALIZAÇÃO NACIONAL AGRÁRIA E POPULAR NA COLÔMBIA!!!


Foto: Jornal o Imparcial


Na Colômbia estamos em greve e paralisação nacional agrária e popular desde a  segunda-feira passada, 19 de agosto. O governo de Juan Manuel Santos Calderón só responde com repressão, mas cada vez são mais e mais os camponeses, trabalhadores, indígenas, negros, estudantes, mulheres e jovens que resistem e que vão para rua demonstrando a força e unidade de um povo que luta por uma nova Colômbia em paz e com justiça social.
Em breve estaremos repassando maiores informações sobre o que está acontecendo na Colômbia, chamamos a todas as organizações e militantes de esquerda e democráticos a manifestar sua solidariedade com as justas lutas do povo colombiano e particularmente com esta histórica greve e paralisação, podem acompanhar as últimas noticias nos seguintes links:
Marcha Patriótica - Capítulo Brasil
               
Colocamos em baixo as reivindicações da greve e paralisação, agradecemos toda a difusão possível. Qualquer dúvida ou comentário podem escrever a:


DOCUMENTO NACIONAL DE DEMANDAS AGROPECUÁRIAS E POPULARES
PARALISAÇÃO NACIONAL AGRÁRIA E POPULAR – 19 DE AGOSTO DE 2013
 
Foto: Marcha Patriótica
As organizações agrárias e populares na procura da Reforma Agrária Estrutural com perspectiva territorial e intercultural que contribua com a soberania nacional no marco da paz com justiça social, se fez um caminho através da mobilização, a reivindicação e a busca de uma solução política ao conflito social e armado que durante décadas tem violentado o direito à vida, ao território e à terra.
A constituição política da Colômbia afirma como direito fundamental que, perante a lei, somos todos iguais. Sem qualquer distinção, todos os colombianos têm os mesmos direitos e os mesmos deveres. Porém, apesar de constar na Constituição, esse enunciado não se concretiza na realidade. Camponeses, indígenas, afro-colombianos e populações urbanas têm vivido na injustiça e na desigualdade. A marginalização econômica e política tem sido constante: somos criminalizados e perseguidos.
Somos colombianos que temos procurado entrar por distintos caminhos a políticas públicas que favoreçam nossa situação social, para saldar a dívida histórica que o Estado Colombiano tem com o mundo rural. Não temos pedido coisas impossíveis, pedimos somente que sejam garantidos nossos direitos humanos. Através da luta e da organização temos conseguido que nossas reivindicações tenham sido estabelecidas em leis e decretos, mas à luz da realidade não são mais do que letra morta; em alguns casos com a desculpa do déficit orçamentário, mesmo quando a cada ano os grêmios econômicos falam de abundantes ganâncias que não obstante não se refletem nem na nossa renda, nem em melhorias na nossa qualidade de vida. Além disso, tem se aplicado um pacote legislativo e normativo em matéria de produção agropecuária, mineira, energética, de moradia e de serviços públicos que vai à contramão dos interesses do povo e que favorece os interesses do capital nacional e internacional.
O Índice de Necessidades Básicas Insatisfeitas (NBI) segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DANE) em 2005, sendo um indicador que reflete o nível de pobreza e miséria nas populações urbanas e rurais, tem mostrado que nos municípios de alta ruralidade persistem vastas desigualdades nas condições de moradia, no acesso e disponibilidade se serviços públicos, no nível de escolaridade e nas possibilidades de geração de emprego e renda dignos e permanentes. Apesar disso, não existe uma política de Estado que resolva essa situação; muito pelo contrário, o abandono estatal e a violência em contra das populações rurais são cada vez maiores, tal como foi salientado pelo Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD (2011) apontando que a terceira parte da população rural vive na extrema pobreza (Pág. 63).
No mesmo Relatório é salientado, segundo o Índice de Ruralidade (IR), que o 75,5% dos municípios colombianos são rurais. Neles mora o 31,6% da população, uma porcentagem muito maior que aquela reconhecida pelo DANE. Essa porcentagem do mundo rural representa 94,4% do território e tem sido historicamente excluída do poder e da toma de decisões.
Não existe um estudo que possa determinar em termos orçamentários a quanto ascende a dívida social para com o mundo rural, porém, na nossa realidade, a dívida social se reflete no espolio, na falta de abjudicação e dotação de terras, no desconhecimento territorial, na precariedade da política para o fortalecimento da produção agropecuária, na política mineira que favorece às multinacionais e desvaloriza às comunidades e aos mineiros pequenos e artesanais, assim como na ausência estatal no que tange aos programas de investimento social em educação, saúde, moradia, infraestrutura de rodovias e serviços públicos.
Perante o tamanho da crise social, o governo nacional não tem tomado medidas para resolver estruturalmente os problemas. Pelo contrário, o governo tem aplicado uma paupérrima política social que tem se caracterizado por soluções provisórias e paliativas que em nada contribuem para diminuir a profunda desigualdade e injustiça social. O artigo 65 da Constituição Política da Colômbia de 1991 define “A produção de alimentos desfrutará de uma especial proteção por parte do Estado”. Contudo, a política agrária não tem resolvido a situação de insegurança alimentar, subnutrição e fome das populações urbanas e rurais: 58,3% dos lares rurais encontram-se em algum grau de insegurança alimentar, 20% das crianças com menos de cinco anos em situação de subnutrição crônica e 1,3% em situação de subnutrição aguda. Essas cifras evidenciam um déficit no acesso ao consumo e disponibilidade de alimentos que tem se prolongado durante décadas nas populações rurais e urbanas.
Ante as injustiças vividas, temos enviado cartas e realizado reuniões e audiências, temos utilizado o legítimo direito ao protesto chegando a acordos com distintos governos municipais, departamentais, e mesmo com o governo nacional tentando solucionar os problemas que são gerados e que se vivem na ruralidade e que afetam ao conjunto da sociedade colombiana. Cada um desses acordos tem sido sistematicamente descumprido pelo Estado e suas diferentes instituições.
Diante esse panorama, requer-se uma política pública agrária coerente com as necessidades do povo colombiano. Política pública que deve ser construída com a participação direita e decisiva do movimento agrário e popular, também deve dignificar a qualidade de vida da população camponesa, urbana, afro-colombiana e indígena e deve reconhecer a significativa participação que na atualidade tem a economia camponesa e ancestral como uma linha estratégica da economia nacional visando seu fortalecimento.
O investimento social em seguridade social, educação, saúde e infraestrutura é fundamental para garantir os direitos humanos das comunidades rurais. Tem que ser capaz de atingir as demandas sociais e que precisa do Orçamento Geral da Nação e do Sistema Geral de Royalties e especialmente dos ministérios de Saúde, Educação, Fazenda, Moradia, Agricultura, Minas e Energia; assim como de instituições estatais como o INCODER, Instituto Nacional de Rodovias, Transporte, Fundo Nacional de Moradia, Agencia Nacional para a Superação da Pobreza Extrema, Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar e o Fundo de Adaptação, numa ação coordenada para enfrentar de maneira integral os problemas que afligem às populações rurais e urbanas.
Amparados na legitimidade de nosso direito ao protesto, exigimos ao governo o cumprimento de seis (6) obrigações políticas e legais básicas:
1.      Exigimos a implementação de medidas e ações diante à crise da produção agropecuária.
2.      Exigimos acesso à propriedade da terra.
3.      Exigimos reconhecimento da territorialidade camponesa.
4.      Exigimos a participação efetiva das comunidades e dos mineiros pequenos e tradicionais na formulação e desenvolvimento da política mineira.
5.      Exigimos a adoção de medidas e o cumprimento das garantias efetivas para o exercício dos direitos políticos da população rural.
6.      Exigimos investimento social para a população rural e urbana em educação, saúde, moradia, serviços públicos e rodovias.

As organizações e comunidades agrárias e populares endereçamos ao Presidente Juan Manuel Santos como chefe do Estado, as nossas demandas sociais, econômicas e políticas, visando que através do diálogo posamos encontrar a melhor maneira de resolver o conflito econômico, político e social que vivemos. De nossa parte já estão definidos os porta-vozes nacionais para iniciar o diálogo e conformar a Mesa de Interlocução e Acordo Agropecuário e Popular, cenário que propomos como a instância para abordar o documento de demandas e fazer acordos.
Anunciamos ao país que nos sumamos à paralisação Nacional Agrária do dia 19 de agosto, levando em conta os antecedentes de descumprimento e descaso da parte do Estado.
Nós submetemos esse documento geral de demandas aos setores sociais e populares, para que em unidade, organização e mobilização, em uma só voz potente exijamos ao governo que cumpra com aquilo que nos pertence.
 
Foto: Moir
1. EXIGIMOS A IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS E AÇÕES DIANTE À CRISE DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA.

1.1. Exigimos que o Estado fixe preços de sustentação para a produção camponesa, de maneira independente ao comportamento dos preços no mercado nacional e internacional, com os quais possa se garantir uma remuneração efetiva aos produtores, assim como preços acessíveis aos consumidores. Para isso, se deve implementar um fundo nacional de compensação que posa cobrir as diferenças existentes entre os custos de produção e o preço de venda dos produtos, acompanhado da garantia de compra das safras por parte do Estado aos pequenos e medianos produtores agropecuários, garantindo o acesso aos mercados nas cidades.
1.2. Redução dos preços dos combustíveis e pedágios, consertando novas tarifas com os transportadores e os produtores agropecuários.
1.3. Controle dos preços dos fertilizantes, inseticidas, adubos e todos os outros insumos agropecuários. De igual maneira, promoção efetiva da produção limpa e agro-ecológica.
1.4. Exigimos a revogação da política antidroga e solicitamos um acordo sobre uma política de substituição gradativa e consertada de culturas de coca, maconha e papoula, assim como o fim das pulverizações e a erradicação manual.
1.5. Revogação da normatividade que afeita à produção, transformação e comercialização agropecuária de pequenos e medianos camponeses, incluindo o relativo à despensa e manejo de sementes ancestrais e tradicionais e os encadeamentos produtivos para o setor. Consertação de legislação para a promoção da produção agropecuária de pequeno e mediano porte, criando um fundo nacional para seu financiamento e as garantias efetivas para o acesso aos mercados.
1.6. Frear as importações de alimentos e produtos agropecuários, particularmente de café, cacau, arroz, batata, leite e laticínios. Suspender e revisar, em conjunto com as organizações de pequenos e medianos produtores, os Tratados de Livre Comercio com os Estados Unidos, a União Europeia, Coreia e outros países.
1.7. Dispensa total das dívidas adquiridas pelos pequenos e medianos produtores agropecuários com o sistema financeiro. Definição de uma política de subsídios para pequenos e medianos produtores através da banca pública.
1.8. Adoção de seguros de safras diante de problemas derivados de condições climáticas e/ou fitossanitárias, para a pequena e mediana produção agropecuária, que sejam abjudicados diretamente pelo Estado, sem intermediação do sistema financeiro.
1.9. Desenho consertado de uma política pública de fortalecimento da economia camponesa baseada no reconhecimento das vantagens sociais, econômicas e ambientais que essa fornece para a segurança alimentar do país, a proteção dos médios de vida camponeses e a sustentabilidade ambiental.

2. EXIGIMOS ACESSO À PROPRIEDADE DA TERRA

2.1. Exigimos a abjudicação e dotação de terras aos camponeses, indígenas e afro colombianos, que carecem dela, a possuem de maneira insuficiente ou têm posse de terras devolutas que não têm sido abjudicadas. Para isso é imperioso ordenar ao INCODER agilizar o cumprimento da lei 160/94 no relativo à compra direta de terras em quantidade suficiente e de boa qualidade, assim como a abjudicação e formalização imediata de títulos das terras devolutas ocupadas pelos camponeses, sustentada em programas de assistência técnica e social, investimento, tecnologia e marketing que garantam o desdobramento da economia camponesa, tanto quanto aquele da pequena e mediana produção.
2.2. A imediata aplicação do decreto 1277/2013 de dotação de terras pelo INCODER e a ampliação da sua capacidade financeira para garantir maior abrangência e a abjudicação coletiva às comunidades afrodescendentes e indígenas. Do mesmo modo, o reconhecimento da autonomia das comunidades sobre os territórios já abjudicados.
2.3. Deter a política de estrangeirização de terras; clarificar as operações ou transações que têm permitido a sua concentração nas mãos do capital estrangeiro; reverter essas operações e que as terras revertidas formem parte do fundo para a abjudicação e dotação de quem não tem.
2.4. Iniciar e terminar no máximo de um (1) ano os procedimentos de confisco administrativo das terras concentradas e improdutivas, das quais têm posse os camponeses, para que depois sejam a eles abjudicadas.
2.5. Garantir o estrito cumprimento da Unidade Agrícola Familiar (UAF) em todos os processos de abjudicação de terras, a reversão das abjudicações praticadas com excesso ou defeito dela, assim como a geração das condições que garantam o nível de renda e de sustentabilidade da economia camponesa que essa figura promove.

3. EXIGIMOS RECONHECIMENTO DA TERRITORIALIDADE CAMPONESA, DE AFRODESCENDENTES E INDÍGENAS.

3.1. A delimitação e constituição imediata das Zonas de Reserva Camponesa (ZRC) nos territórios nos quais já foram cumpridos todos os trâmites para sua constituição, cumprindo os acordos estabelecidos nas audiências públicas das ZRC.
3.2. Iniciar e terminar os trâmites de delimitação e constituição das ZRC nos territórios que as comunidades requeiram, num período não superior a (1) um ano a partir da solicitude.
3.3. O financiamento e execução dos planos de desenvolvimento sustentável nas Zonas de Reserva Camponesa constituídas e nas que venham a ser constituídas.

3.4. Conformação tanto do Sistema Nacional quanto do Programa Nacional de Zonas de Reserva Camponesa.
3.5. Respeito e prevalência das figuras de ordenamento territorial, produtivo e ambiental das comunidades camponesas, afrodescendentes e indígenas sobre as áreas de consolidação e recuperação, assim como aquelas de desenvolvimento agro-empresarial.
3.6. Agilidade no trâmite das solicitudes de constituição e ampliação de resguardos indígenas e territórios afrodescendentes, reconhecimento dos seus direitos ancestrais e na consulta com as comunidades camponesas nos casos de coexistência intercultural nos territórios. Para isso, é preciso promover a constituição de territórios inter-étnicos que garantam a sustentabilidade e a convivência pacifica das diversas identidades culturais e territorialidades.

4. EXIGIMOS A PARTICIPAÇÃO EFETIVA DAS COMUNIDADES E DOS MINEIROS TRADICIONAIS E PEQUENOS NA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA DE EXPLORAÇÃO MINEIRA E ENERGÉTICA.

4.1. Deter a concessão de títulos mineiros e reverter as concessões efetuadas até que seja definido consertadamente com as comunidades rurais a política mineira do país, na qual seja garantido o direito prevalecente das comunidades étnicas de serem beneficiarias das concessões e sejam oferecidas as garantias para a mineração tradicional.
4.2. Respeito irrestrito às consultas populares sobre a exploração mineira já realizada.
4.3. Reconhecimento e formalização da mineração artesanal, pequena e mediana.
4.4. Definição consertada com os mineiros artesanais pequenos e medianos e as comunidades sobre um novo Código de Minas e Recursos Naturais. Redefinição dos tempos máximos para a exploração mineira, os mecanismos de amenização dos efeitos dessa atividade, os métodos para sua realização e a participação nacional e local dos rendimentos econômicos.
4.5. Construção de uma nova lei de royalties que redefina a participação nacional e local nos rendimentos econômicos da atividade mineira.
4.6. Realização de estudos de viabilidade para cada um dos projetos de mega mineração em execução e em projeção, como base para a tomada de definições ante a realização o continuidade desses projetos. Os estudos devem levar em conta os efeitos ambientais e sociais que a execução de cada projeto acarretaria, assim como a consulta previa, livre e informada das comunidades.
4.7. Sujeição do desenvolvimento da produção mineira e energética aos Planos de desenvolvimento Sustentáveis das ZRC, assim como aos Planos de Ordenamento Territorial, construídos participativamente e com atenção aos estudos sobre vocação dos solos.
4.8. Suspensão da construção de hidrelétricas que afetem os territórios e comunidades camponesas, indígenas e afrodescendentes.
4.9. Inicio de uma discussão nacional sobre a propriedade do subsolo.

5. EXIGIMOS SEJAM ADOTADAS MEDIDAS E SEJA EFETIVAMENTE GARANTIDO O EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS DA POPULAÇÃO RURAL.

5.1. Reconhecimento da parte do Estado colombiano dos direitos, contidos na Declaração sobre os direitos das camponesas e camponeses, aprovada pela Comissão de Direitos Humanos da ONU e que está sendo tramitada na ONU, através da incorporação de suas orientações e direitos na legislação interna e nas políticas públicas.
5.2. Participação efetiva e com caráter decisório nos conselhos e órgãos diretivos das instituições do Estado encarregadas do atendimento à população rural.
5.3. Outorgar o direito à consulta previa, livre e informada às comunidades camponesas sobre projetos e normativas que afetem seu habitat, no social, no político, no ambiental, no econômico e no cultural.
5.4. Participação ampla, efetiva e com caráter decisório nas instâncias de planejamento e definição da política de produção agropecuária e desenvolvimento rural, para as organizações e comunidades camponesas através de mecanismos definidos de maneira autônoma. Democratização real da Federação Nacional de Cafeeiros.

6. EXIGIMOS INVESTIMENTO SOCIAL PARA A POPULAÇÃO RURAL E URBANA EM EDUCAÇÃO, SAÚDE, MORADIA, SERVIÇOS PÚBLICOS E RODOVIAS.

6.1. Exigimos um plano progressivo para o acesso, cobertura integral da população rural ao sistema de ensino básico, médio, superior e técnico que compreenda e preserve a identidade das comunidades agrárias e a sustentabilidade de seus modos de vida.
6.2. Exigimos a revogação da lei 30 de 1992, de educação superior, e a consertação com a sociedade de uma nova lei que reconheça a educação como direito fundamental e bem comum e com um enfoque diferencial.
6.3. Exigimos a nomeação imediata do corpo docente qualificado para o tipo de educação que precisam as comunidades agrárias, fornecida dos direitos e boas condições trabalhistas.
6.4. Exigimos a revogação da lei 100 e da nova Lei Estatutária, assim como a consertação com a sociedade de uma nova legislação para a saúde que garanta esse direito fundamental de forma integral e que compreenda elementos diferenciais para a área rural.
6.5. Exigimos a definição de um sistema de seguridade social para camponeses, indígenas e afrodescendentes, com direito a aposentadoria e riscos profissionais.
6.6. Exigimos verbas para o investimento social em infraestrutura e dotação para a educação, saúde, produção, rodovias, rede elétrica, saneamento básico, água e esgoto sanitário.
6.7. Exigimos o fim da privatização e que seja devolvida aos municípios, com um critério social, a administração dos serviços de saneamento básico, água e esgoto sanitário.
6.8. Exigimos a dispensa das dívidas dos usuários de serviços públicos e sejam anulados os embargos que tenham sido feitos por esse motivo.
6.9. Devolução das micro usinas hidrelétricas às comunidades.
6.10. Exigimos uma nova tabela de preços justos para os serviços públicos, que correspondam com os custos de vida e não com a especulação.
6.11. Exigimos que os aquedutos comunitários sejam administrados pelas comunidades com critérios social e não empresarial.
6.12. Exigimos a destinação de recursos para o aprimoramento e construção de moradia urbana e rural. Em quanto o assunto se resolver, o governo deve outorgar o direito de aluguel mensal à população dos assentamentos sem moradia e quem estão alugando.

MESA NACIONAL AGROPECUÁRIA E POPULAR DE INTERLOCUÇÃO E ACORDO  – MIA NACIONAL –

Pela vida e contra o desarraigo!

Viva a Paralisação Nacional Agrária e Popular do 19 de agosto!

Informações: mia.agropecuariaypopular@gmail.com

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