II Fórum pela Paz na Colômbia


ENTREVISTA CON DIANA URREA - SOLIDARIDAD DESDE EL PAÍS VASCO


ENTREVISTA CON GLORIA INÉS RAMIREZ



ENTREVISTA CONJUNTA
 DR. ATILIO BORÓN; DR. DARÍO FAJARDO MEMBRO DA COMISSÃO HISTÓRICA DO CONFLITO E SUAS VÍTIMAS; DR. VICTOR MANUEL MONCAYO RELATOR DA COMISSÃO HISTÓRICA DO CONFLITO E SUAS VÍTIMAS - II FORO PELA PAZ NA COLÔMBIA


PARLAMENTARES INTERCAMBIAM PROPOSTAS DE SOLIDARIEDADE COM O PROCESSO DE PAZ NA COLÔMBIA
05/06/15

I FORO PARLAMENTARIO POR LA PAZ EN COLOMBIA
EDIFICIO ANEXO DEL PALACIO LEGISLATIVO


FINALIZOU A APRESENTAÇÃO DO INFORME DA COMISSÃO HISTÓRICA DO CONFLITO

Há 20 minutos finalizou a apresentação do Informe da Comissão Histórica do Conflicto. Victor Manuel Moncayo, Darío Fajardo e Atilio Borón apresentaram apartes das suas pesquisas, resaltando a origem do conflico colombiano na iniqua distribuição da terra, às politicas de despojo, e à desigualdade social, e ressaltando o papel histórico jogado pelos Estados Unidos no mesmo. Descarregue o informe completo aquí: https://www.mesadeconversaciones.com.co/…/informe-comisio%C…

De ezquerda a direita: Victor Manuel Moncayo; Christian Arias; Darío Fajardo y Atilio Borón.

Auditório Paraninfo de la Facultad de Derecho de la Universidad de la República - UDELAR



IMAGENS DO FÓRUM PARLAMENTAR QUE DISCUTE INICIATIVAS PARLAMENTARES PELA PAZ NA COLÔMBIA

Mesa de inscrições

Edificio Anexo del Palacio Legislativo

Edificio Anexo del Palacio Legislativo


LINK TRANSMISSÃO AO VIVO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

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MONTEVIDEO SE VISTE DE PAZ POR COLOMBIA Y AMÉRICA LATINA

05/06/15


Rueda de prensa (02/06/15) Montevideo.

Como producto de una preparación de varios meses en la que los distintos comités organizadores de Uruguay, Argentina, Brasil y Colombia trabajaron con el fin de dinamizar este II Foro por la paz de Colombia, finalmente llegó la fecha del evento y con ella un gran número de personas de toda la región que desde hoy hasta el domingo se reunirán bajo las banderas de la paz con justicia social, la solución política al conflicto social y armado en Colombia y la lucha contra el contra el militarismo en Nuestramérica.


Las distintas delegaciones van llegando a la capital de paz de latinoamérica motivadas por la necesidad regional de construir una alianza de toda la región en pro de la paz en Colombia, mucho más en esta coyuntura en la que la sociedad civil en su conjunto clama por el cese bilateral al fuego y el desescalamiento del conflicto en el territorio nacional, para garantizar de esa manera una paz real, estable y duradera. 


Foto de archivo I Foro por la Paz de Colombia

CONVITE DE IVAN PINHEIRO DO PCB AO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA
03/06/15





BRASIL SE PREPARA PARA FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

02/06/15
Redação: Vitor Taveira

Encontros regionais mobilizaram dezenas de organizações sociais brasileiras em torno da proposta do evento internacional que vai discutir o tema colombiano em junho no Uruguai.

Entre os dias 5 e 7 de junho a cidade de Montevidéu, capital do Uruguai, recebe o II Fórum pela Paz na Colômbia, que busca debater e criar articulações internacionais em favor da paz com justiça social na Colômbia, que enfrenta 50 anos de conflito social e armado. Depois do sucesso da primeira edição do Fórum, realizada em 2013 em Porto Alegre, mais de 40 organizações brasileiras já declararam apoio ao II Fórum, que é coordenado pelo movimento político e social colombiano Marcha Patriótica junto a mais de uma centena de organizações do continente.

Como parte dos preparativos para o Fórum, a Marcha Patriótica – Capítulo Brasil, conformada por colombianos residentes no Brasil, realizou uma série de atividades junto às organizações apoiadoras em sete capitais brasileiras.

 
Atividade de Pre-Fórum São Paulo

 
Atividade de pre-fórum Porto Alegre

 
Atividade de pre-fórum Vitória

De acordo com Javier Rodríguez, integrante da organização no Brasil, os dois objetivos principais desses eventos preparatórios foram fortalecer a construção coletiva e colaborativa do II Fórum, convidando novas organizações e indivíduos, e fortalecer os vínculos com as organizações já solidárias ao Fórum que ajudaram na estrutura e divulgação local. “O outro grande objetivo foi continuar difundindo a situação do processo dos diálogos de paz entre o governo e as FARC desde a perspectiva do movimento social e político colombiano, e em particular, desde a perspectiva da Marcha Patriótica: o documento de balanço das atividades de pré-fóruns trazem os elementos centrais dessa análise”, diz, lembrando de propostas como o cessar-fogo bilateral, a participação direta e vinculante das organizações sociais na mesa de diálogos, e a continuidade irrestrita das negociações, assim como a abertura de mesas com os outros movimentos insurgentes, ELN e EPL .

As cidades que receberam os pré-fóruns no Brasil foram São Paulo, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Os encontros mobilizaram cerca de 300 pessoas presencialmente. “A conversação destes temas com o povo brasileiro trouxe grandes aprendizados para a Marcha, que valoriza enormemente a experiência de luta e os avanços democráticos da sociedade brasileira, e estimula o diálogo entre as organizações dos nossos povos irmãos”, afirma Javier Rodríguez.

Coletiva de imprensa Rio de Janeiro

 
Atividade pre-fórum Rio de Janeiro

 
Encontro secretario estadual DDHH MG

A avaliação do processo preparatório no Brasil foi excelente por parte dos organizadores, especialmente pelos diversos Estados em que foram realizadas atividades e grande envolvimento de pessoas e organizações. “Este cenário parece mostrar que o povo brasileiro insere cada vez mais decididamente o ponto da solidariedade com as lutas do povo colombiano em suas agendas políticas”.


Até o momento, é esperada uma delegação de ao menos 150 pessoas se desloquem do Brasil para o Uruguai para participar do II Fórum pela Paz na Colômbia, entre brasileiros, colombianos e outros estrangeiros residentes no país, com representatividade de diversos setores como movimento negro, de mulheres, jovens, estudantis, sindical, camponês, partidário, entre outros.

Foto do arquivo I Fórum pela Paz na Colômbia



CARTA DE SOLIDARIEDADE COM AS LUTAS DO POVO COLOMBIANO E A CÚPULA AGRÁRIA, CAMPONESA, ÉTNICA E POPULAR

02/06/15
Desde os diferentes cantos do Brasil, uma grande diversidade de organizações e movimentos sociais e políticos, temos acompanhado de perto o processo de paz na Colômbia, entendido não só como o necessário e fundamental diálogo entre o Estado da Colômbia sob a direção do Governo de Juan Manuel Santos Calderón com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) e com as outras forças guerrilheiras, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Exército Popular de Libertação (EPL), mas também entendido como o necessário diálogo com o conjunto do movimento social e popular colombiano; que tem nos últimos anos na Cúpula Agrária sua principal expressão de unidade, desde onde entendemos se coloca uma agenda social de reformas necessárias para garantir que o processo de paz culmine com as bases de estabilidade e durabilidade que é pretendida.

Nesse sentido, viemos por meio desta missiva a expressar toda a nossa solidariedade com as lutas do povo colombiano, especialmente as articuladas pela Cúpula Agrária Camponesa, Étnica e Popular. Sabemos dos incumprimentos do Governo de Santos Calderón para efetuar mínimos acordos após o importante levantamento popular e as greves dos últimos anos, assim como a falta de vontade para manter um diálogo social que possibilite achar saídas à crise da situação do campo colombiano, agudizado pelo Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos da América (e outros).

Por isso, desde o Fórum pela paz na Colômbia com justiça social, democracia e soberania, que será realizado em Montevidéu-Uruguai, nos próximos dias 05, 06 e 07 de junho, não só expressaremos a nossa solidariedade, mas procuraremos caminhos, juntos com vocês e todas as forças presentes, para garantir um acompanhamento mais de perto.

Estamos juntos companheiros e companheiras, estas são as nossas bandeiras de solidariedade que esperamos podamos materializar de diversas formas:


  • Paz com justiça social, democracia e soberania.
  • Continuidade do diálogo de paz entre o Estado da Colômbia, (encabeçado pelo governo de Santos Calderón) e a insurgência armada das FARC-EP. Assim como o início efetivo do diálogo com as insurgências armadas do ELN e do EPL. Garantindo a participação massiva e efetiva das organizações do conjunto dos movimentos sociais e populares desse paísCessar-fogo bilateral durante todo o processo de diálogos de paz.
  • Garantias para a disputa eleitoral regional e local em 2015, e para os novos mandatos de paz.
  • Incentivos e garantias que impulsionem a ampla participação em uma Assembleia Nacional Constituinte, como processo para referendar os acordos nas diversas mesas de diálogos, que devem responder às demandas do povo colombiano, articulado em processos como a Cúpula Agrária: Camponesa, Étnica e Popular.
  • Fim das políticas de militarização rural e urbana. Rever os acordos militares com os EUA, não permitindo a presença e livre uso de bases militares na Colômbia pelas forças militares estadunidenses.
  • Anistia e liberdade para as prisioneiras e os prisioneiros políticos.
  • Apoio às lutas agrárias, camponesas, étnicas e populares.
  • Fim ou regulação firme do uso de agrotóxicos e transgênicos. Saída da Monsanto da Colômbia.
  • Fim do uso de glifosato para o “ataque” aos cultivos de uso ilícito e em geral.
  • Respaldo às lutas e políticas por soberania alimentar.
  • Apoio à consolidação (e construção) das Zonas de Reserva Camponesa.
  • Respeito e defesa da diversidade cultural e étnica.

Brasil, junho 01 de 2015.

ASSINAM

1.    ACJM (Associação Cultural José Martí – RJ, Santos SP, RGS)
2.    ALAL (Associação Latino-americana de Advogados Laboristas)
3.      BONDE DA CULTURA
4.      BRIGADAS POPULARES
5.      CALLES (Casa da América Latina Liberdade e Solidariedade)
6.      CASA DA AMÉRICA LATINA
7.      CEBRAPAZ
8.      COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
9.      COLETIVO MINERVINHO OLIVEIRA
10.  COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO (Rio de Janeiro),
11.  CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
12.   CRM (Centro de estudos estratégicos Ruy Mauro Marini)
13.   CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
14. CUT (Central Única dos Trabalhadores)
15.   FITEE federação Interestadual dos Trabalhadores em estabelecimento de Ensino)
16.   FSM (Federação Sindical Mundial)
17.   IELA – UFSC (Instituto de Estudos Latino-americanos)
18.   JCA (Juventude Comunista Avançando)
19.   JUVENTUDE 5 DE JULHO
20.   MARCHA PATRIÓTICA CAPÍTULO BRASIL
21.   MAS (Movimento Avançando Sindical)
22.  Movimento Palestina para Todos e Todas (MOPAT)
23.  MOVIMENTO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS
24.  MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores)
25.  MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
26.  MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
27.  GEA-SUR – UNIRIO (Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur)
28.  OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil)
29.  OCAC (Organização Comunista Arma da Crítica)
30.  ORGANIZAÇÃO A MARIGUELLA
31.  PARTIDO COMUNISTA COLOMBIANO
32.  PT (Partido Dos Trabalhadores)
33.  PCB (Partido Comunista Brasileiro)
34.  PCdoB (Partido Comunista do Brasil)
35.  PCML (Partido Comunista Marxista-Leninista / Brasil)
36.  PCR (Partido Comunista Revolucionário)
37.  PCLCP (Polo Comunista Luiz Carlos Prestes)
38.  PPL (Partido Pátria Livre)
39.  PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)
40.  REFUNDAÇÃO COMUNISTA
41.  SINDIPETRO
42.  TSCC-RJ (Trabalho Social Crítico da Colômbia – Rio de Janeiro)
43.  UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES
44.  UNEGRO (União de Negros pela Igualdade)
45.  UJC (União da Juventude Comunista)
46.  UJS (União da Juventude Socialista)



CARTA ABERTA AO FÓRUM DE SÃO PAULO SOBRE A SOLIDARIEDADE EFETIVA COM O PROCESSO DE PAZ NA COLÔMBIA

02/06/15
Desde o processo de articulação no Brasil para a organização do II Fórum pela paz na Colômbia com justiça social, democracia e soberania, que incluiu a realização de 08 atividades de pré-fórum, preparatórias de esse importante espaço de unidade internacionalista. Assumindo a relevância geopolítica do processo de paz na Colômbia, entendido não só como o necessário e fundamental diálogo entre o Estado da Colômbia sob a direção do Governo de Juan Manuel Santos Calderón com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) e com as outras forças guerrilheiras, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Exército Popular de Libertação (EPL); mas também entendido como o necessário diálogo com o conjunto da sociedade colombiana, especialmente com os setores populares e democráticos representados atualmente, principalmente, em processos de unidade como a Frente Ampla pela Paz com Justiça Social e a Cúpula Agrária Camponesa, Étnica e Popular. 

E reconhecendo a importância do Fórum de São Paulo, como espaço de articulação de partidos democráticos da esquerda latino-americana.

Viemos por meio desta missiva a propor ao Fórum de São Paulo que assuma uma proposta que estamos levando desde o Brasil para o II Fórum pela paz na Colômbia que será realizado em Montevidéu-Uruguai, os dias 05, 06 e 07 de junho, e que esperamos seja encaminhada: Se trata da conformação de uma rede de parlamentários pela paz na Colômbia com justiça social, democracia e soberania e que realizem uma missão de observação eleitoral para as eleições locais e regionais que serão celebradas em outubro deste ano nesse país.

Brasil, junho 01 de 2015.

ASSINAM


1.    ACJM (Associação Cultural José Martí – RJ, Santos SP, RGS)
2.    ALAL (Associação Latino-americana de Advogados Laboristas)
3.      BONDE DA CULTURA
4.      BRIGADAS POPULARES
5.      CALLES (Casa da América Latina Liberdade e Solidariedade)
6.      CASA DA AMÉRICA LATINA
7.      CEBRAPAZ
8.      COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
9.      COLETIVO MINERVINHO OLIVEIRA
10.  COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO (Rio de Janeiro),
11.  CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
12.   CRM (Centro de estudos estratégicos Ruy Mauro Marini)
13.   CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
14. CUT (Central Única dos Trabalhadores)
15.   FITEE federação Interestadual dos Trabalhadores em estabelecimento de Ensino)
16.   FSM (Federação Sindical Mundial)
17.   IELA – UFSC (Instituto de Estudos Latino-americanos)
18.   JCA (Juventude Comunista Avançando)
19.   JUVENTUDE 5 DE JULHO
20.   MARCHA PATRIÓTICA CAPÍTULO BRASIL
21.   MAS (Movimento Avançando Sindical)
22.  Movimento Palestina para Todos e Todas (MOPAT)
23.  MOVIMENTO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS
24.  MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores)
25.  MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
26.  MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
27.  GEA-SUR – UNIRIO (Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur)
28.  OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil)
29.  OCAC (Organização Comunista Arma da Crítica)
30.  ORGANIZAÇÃO A MARIGUELLA
31.  PARTIDO COMUNISTA COLOMBIANO
32.  PT (Partido Dos Trabalhadores)
33.  PCB (Partido Comunista Brasileiro)
34.  PCdoB (Partido Comunista do Brasil)
35.  PCML (Partido Comunista Marxista-Leninista / Brasil)
36.  PCR (Partido Comunista Revolucionário)
37.  PCLCP (Polo Comunista Luiz Carlos Prestes)
38.  PPL (Partido Pátria Livre)
39.  PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)
40.  REFUNDAÇÃO COMUNISTA
41.  SINDIPETRO
42.  TSCC-RJ (Trabalho Social Crítico da Colômbia – Rio de Janeiro)
43.  UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES
44.  UNEGRO (União de Negros pela Igualdade)
45.  UJC (União da Juventude Comunista)
46.  UJS (União da Juventude Socialista)


CONTRIBUINDO AO CAMINHO DA PAZ COM JUSTIÇA SOCIAL, DEMOCRACIA E SOBERANIA NA COLÔMBIA, POR UMA LATINO-AMÉRICA EM PAZ E LIVRE DE MILITARISMO
02/06/15

MEMORIA DE ATIVIDADES PRÉ-FÓRUM NO BRASIL 
MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2015


 INTRODUÇÃO

Desde Comissão Internacional da Marcha Patriótica e o Capítulo Brasil, em conjunto com diversas forças sociais e políticas desse país, começamos em maio de 2014 a retomar a iniciativa de realizar o II Fórum pela paz na Colômbia, após uma visita que várias dessas forças tinham feito à Colômbia, conhecendo de perto processos de organização e luta camponesa, a situação de direitos humanos, a militarização dos campos e cidades, intercambiando com diversas forças sociais e políticas do país e participando da massiva mobilização do 01° de maio em Bogotá, ratificando a importância de atividades que possibilitem difundir a verdadeira Colômbia, que a grande mídia não mostra e, sobretudo, possibilitando a construção de propostas coletivas para acompanhar o povo colombiano na sua luta pela paz com justiça social.

Foi com grande alegria que vimos como o processo foi crescendo e tomando consistência, logrando que fosse a própria Frente Ampla do Uruguai que assumisse desta vez sua coordenação, convocatória e organização logística; em conjunto e com o acompanhamento e trabalho militantes das mais de 100 organizações que fomos somando nesta iniciativa no Brasil, na Argentina, na Colômbia, e, é claro, no Uruguai.

Nessa caminhada de construção coletiva, de unidade na diversidade, conseguimos realizar no Brasil um total de oito atividades com caráter de pré-fórum, que permitiram conhecer e difundir um pouco mais da conjuntura atual do processo de paz, coordenar a participação no II Fórum, mas, sobretudo, motivar para dar continuidade a este belo trabalho de solidariedade internacionalista, tão caro para o povo colombiano e suas lutas pela paz com justiça social, democracia e soberania, somando inclusive novas forças a esse esforço.

Em seguida apresentaremos as bandeiras e propostas que foram surgindo ao longo das atividades de pré-fórum e ratificadas por todas as organizações que assumiram essa convocatória seja como organizadoras ou como apoiadoras. Posteriormente, será apresentado o texto base realizado pela Marcha Patriótica Capítulo – Brasil, construído a partir de jornadas de análise de conjuntura, servindo de guia nas palestras e debates durante essas atividades de pré-fórum e que foi amadurecendo ao longo do processo, como contribuição também para esse II Fórum.

Agradecemos a todas as organizações e movimentos sociais e políticos que tem assumido como suas as lutas do povo colombiano; por isso, entendemos que esta América Latina se pinte de amarelo, azul e vermelho, recuperando o sonho de Bolívar de unidade e de enfrentamento à intervenção estadunidense na região.

SOMOS TODAS E TODOS COLÔMBIA, SOMOS MAIS, AGORA SIM A PAZ!


BANDEIRAS E PROPOSTAS DE SOLIDARIEDADE COM O PROCESSO DE PAZ COM JUSTIÇA SOCIAL NA COLÔMBIA E COM AS LUTAS DO POVO COLOMBIANO.

Bandeiras:
                     Paz com justiça social, democracia e soberania.
                     Continuidade do diálogo de paz entre o Estado da Colômbia, (encabeçado pelo governo de Santos Calderón) e a insurgência armada das FARC-EP. Assim como o início efetivo do diálogo com as insurgências armadas do ELN e do EPL. Garantindo a participação massiva e efetiva das organizações do conjunto dos movimentos sociais e populares desse país.
                     Cessar-fogo bilateral durante todo o processo de diálogos de paz.
                     Garantias para a disputa eleitoral regional e local em 2015, e para os novos mandatos de paz.
                     Incentivos e garantias que impulsionem a ampla participação em uma Assembleia Nacional Constituinte, como processo para referendar os acordos nas diversas mesas de diálogos, que devem responder às demandas do povo colombiano, articulado em processos como a Cúpula Agrária: Camponesa, Étnica e Popular.
                     Fim das políticas de militarização rural e urbana. Rever os acordos militares com os EUA, não permitindo a presença e livre uso de bases militares na Colômbia pelas forças militares estadunidenses.
                     Anistia e liberdade para as prisioneiras e os prisioneiros políticos.
                     Apoio às lutas agrárias, camponesas, étnicas e populares.
                     Fim ou regulação firme do uso de agrotóxicos e transgênicos. Saída da Monsanto da Colômbia.
                     Fim do uso de glifosato para o “ataque” aos cultivos de uso ilícito e em geral.
                     Respaldo às lutas e políticas por soberania alimentar.
                     Apoio à consolidação (e construção) das Zonas de Reserva Camponesa.
                     Respeito e defesa da diversidade cultural e étnica.

Propostas:
  1. Carta de respaldo e solidariedade com as lutas da Cúpula Agrária, Camponesa, Étnica e Popular.
  2. Carta ao Fórum de São Paulo para que assuma integralmente as bandeiras de solidariedade propostas e defina mecanismos efetivos de acompanhamento permanente ao processo de paz na Colômbia (entendido como os diálogos com todas as insurgências armadas, a participação massiva e efetiva do povo, mecanismos para referendar, implementação de acordos, garantias políticas durante o processo de paz, liberdade para os prisioneiros políticos, etc.), como por exemplo, uma rede de parlamentares pela paz e o acompanhamento das eleições locais e regionais de 2015.
  3. Assumir e implementar no Brasil a Campanha “Eu te Chamo Liberdade”, pela libertação dos prisioneiros políticos.
  4. Constituir uma missão de acompanhamento/observação eleitoral internacional para as eleições regionais e locais de 2015.
  5. Constituir ou fortalecer vínculos das organizações para intercâmbio e solidariedade mutua, por setores: camponeses, comunidades negras, indígenas, trabalhadores urbanos, mulheres, jovens e estudantes, entre outros.
  6. Carta ao Governo do Brasil solicitando a revisão do acordo militar com a Colômbia e a não renovação da venda aviões Super Tucano para esse país.
  7. Participação e/ou ato de recusa, à exposição da indústria militar que acontecerá no Rio de Janeiro (mês por confirmar).
  8. Construir campanha de suspensão imediata do uso de glifosato no suposto combate aos cultivos de uso ilícito.
  9. Participação de organizações do II Fórum pela paz na colômbia, na mesa da verdade sobre o narcotráfico.

ASSINAM

1.    ACJM (Associação Cultural José Martí – RJ, Santos SP, RGS)
2.    ALAL (Associação Latino-americana de Advogados Laboristas)
3.      BONDE DA CULTURA
4.      BRIGADAS POPULARES
5.      CALLES (Casa da América Latina Liberdade e Solidariedade)
6.      CASA DA AMÉRICA LATINA
7.      CEBRAPAZ
8.      COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
9.      COLETIVO MINERVINHO OLIVEIRA
10.  COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO (Rio de Janeiro),
11.  CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
12.   CRM (Centro de estudos estratégicos Ruy Mauro Marini)
13.   CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
14. CUT (Central Única dos Trabalhadores)
15.   FITEE federação Interestadual dos Trabalhadores em estabelecimento de Ensino)
16.   FSM (Federação Sindical Mundial)
17.   IELA – UFSC (Instituto de Estudos Latino-americanos)
18.   JCA (Juventude Comunista Avançando)
19.   JUVENTUDE 5 DE JULHO
20.   MARCHA PATRIÓTICA CAPÍTULO BRASIL
21.   MAS (Movimento Avançando Sindical)
22.  Movimento Palestina para Todos e Todas (MOPAT)
23.  MOVIMENTO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS
24.  MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores)
25.  MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
26.  MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
27.  GEA-SUR – UNIRIO (Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur)
28.  OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil)
29.  OCAC (Organização Comunista Arma da Crítica)
30.  ORGANIZAÇÃO A MARIGUELLA
31.  PARTIDO COMUNISTA COLOMBIANO
32.  PT (Partido Dos Trabalhadores)
33.  PCB (Partido Comunista Brasileiro)
34.  PCdoB (Partido Comunista do Brasil)
35.  PCML (Partido Comunista Marxista-Leninista / Brasil)
36.  PCR (Partido Comunista Revolucionário)
37.  PCLCP (Polo Comunista Luiz Carlos Prestes)
38.  PPL (Partido Pátria Livre)
39.  PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)
40.  REFUNDAÇÃO COMUNISTA
41.  SINDIPETRO
42.  TSCC-RJ (Trabalho Social Crítico da Colômbia – Rio de Janeiro)
43.  UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES
44.  UNEGRO (União de Negros pela Igualdade)
45.  UJC (União da Juventude Comunista)
46.  UJS (União da Juventude Socialista)
  
O PROCESSO DE PAZ NA COLÔMBIA
Avanços, Contradições e Lutas.

Por: Marcha Patriótica – Capítulo Brasil

O Movimento Político e Social Marcha Patriótica da Colômbia, junto com mais de 100 organizações brasileiras, argentinas e de outros países da Nossa América, realizou o I Fórum pela paz na Colômbia no mês de maio de 2013 na cidade de Porto Alegre. Desse Fórum surgiram diversas propostas que têm se encaminhado durante os dois anos seguintes e atualmente estamos nos preparando para a realização do II Fórum, somando forças no continente, especialmente na região sul. Desta vez, Montevidéu-Uruguai sediará esse importante espaço de encontro, de análise da realidade social colombiana no contexto latino-americano, de propostas de articulação de solidariedade efetiva para acompanhar as lutas do povo colombiano pela paz com justiça social, democracia e soberania, e de solidariedade com os povos em luta do continente e do mundo, assim como com os governos progressistas e revolucionários, particularmente de Cuba e da Venezuela.

Este texto é precisamente uma contribuição do Capítulo Brasil da Marcha Patriótica para nos aproximarmos da conjuntura atual da Colômbia. Para isso propomos um breve balanço do processo de paz, destacando os avanços do diálogo entre o Governo e as FARC-EP. Ressalta-se mais uma vez a importância que seja efetiva a abertura do diálogo com as insurgências do ELN e do EPL, evidenciando as contradições e ambiguidades do Governo de Santos Calderón para com o processo em geral. Posteriormente apresentaremos o momento atual da luta social e política pela paz com justiça social, democracia e soberania na Colômbia, lembrando o espírito amplo da Marcha Patriótica expresso no seu caráter e plataforma e sua materialização na construção com outras forças sociais e políticas nos processos de unidade tão importantes hoje, como a Cúpula Agrária - camponesa, étnica e popular- e a Frente Ampla pela Paz com justiça social. Finalmente apresentaremos brevemente a proposta do II Fórum pela paz na Colômbia, onde priorizaremos o debate e as propostas contra o militarismo, o imperialismo na América Latina e a defesa dos Direitos Humanos.

Esperamos que este texto sirva como instrumento de trabalho e provocação nas atividades de pré-fórum no Brasil, para as análises e propostas a serem construídas no Fórum em Montevidéu-Uruguai.

Com o seu posso e com o meu quero,
Vamos juntos companheiro”.
                                              Mario Benedetti.

1. Balanço do processo de paz.

O processo de paz na Colômbia não se reduz ao diálogo entre o Governo de Santos Calderón e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), ainda que essa mesa seja fundante e central para dito processo. Por isso, nosso balanço começa considerando os avanços históricos dessa mesa de diálogo em Havana, ou seja, os pré-acordos parciais que são os pontos de terra e território, participação política e cultivos de uso ilícito.

Também é importante salientar a necessidade da abertura da mesa de diálogo com outras forças insurgentes da Colômbia que estão há cinco décadas em armas. Nos referimos ao Exército de Libertação Nacional (ELN) e ao Exército Popular de Libertação (EPL). Sem esse diálogo não será possível concretizar e finalizar o processo de paz em sua plenitude, pois os confrontos entre essas forças rebeldes e as forças do Estado continuarão.

Com relação ao diálogo com as FARC-EP e a não abertura de diálogo com o ELN e o EPL, identificamos complexas contradições no Governo de Santos Calderón. Desta forma, consideramos que é importante evidenciar algumas delas, as mais críticas segundo nossa análise.

É evidente que a continuidade e um fim satisfatório do processo de paz na Colômbia é fruto da luta do povo colombiano nas ruas e na construção de propostas para que essa paz não seja só o fim da confrontação armada, mas que implique em reformas democráticas que garantam critérios mínimos necessários para uma paz estável e duradoura, reformas políticas, econômicas e sociais que possibilitem a justiça social, a democracia popular e a soberania nacional. Esse tema será mais bem trabalhado posteriormente.

1.1     Avanços nos diálogos entre o Governo da Colômbia e as FARC-EP.

O diálogo entre o Governo da Colômbia e as FARC-EP começou oficialmente em novembro de 2012, baseado no “Acordo Geral para o fim do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura” (o qual foi construído em quase dois anos de aproximação entre as partes), onde se definiram 06 pontos a serem tratados: 1) Política de desenvolvimento agrário integral; 2) Participação Política; 3) Fim do conflito; 4) Solução do problema das drogas ilícitas; 5) Vítimas; 6) Implementação, verificação e processo de referendação dos acordos.

Apresentaremos aqui de maneira breve e introdutória alguns elementos da análise, buscando destacar os avanços, até o momento, dos pontos que foram discutidos e aqueles que ainda estão em aberto.

Ponto 1: Política de desenvolvimento agrário integral

A partir das múltiplas visões das causas do conflito armado na Colômbia; e pela diversidade de opiniões e estudos sobre a origem do mesmo, escritores, acadêmicos, intelectuais e outros membros da sociedade encontram um ponto comum dentro deste conjunto de diferentes visões: a questão agrária.

A questão agrária funde-se dentro de outros aspectos transversais à diversidade de estudos e visões, tais como: a debilidade institucional, a profunda desigualdade de renda, a tendência ao uso simultâneo das armas e das urnas, a presença precária, ou em alguns casos traumática, do Estado em muitas regiões do território nacional.

O tema agrário é de tão vital transcendência para traçar uma saída política ao conflito armado que foi postulado como ponto de abertura da agenda proposta para os diálogos de paz entre o governo colombiano e as FARC-EP, com sede em Havana.

Vale lembrar que, no fragor da luta armada de Marquetalia, em 20 de Julho de 1964, proclamou-se o Programa Agrário dos Guerrilheiros das FARC-EP, o qual foi ampliado e corrigido pela Oitava Conferência Nacional das FARC-EP “e responde aos requerimentos propostos pelas mudanças ocorridas na sociedade rural depois de duas décadas de políticas neoliberais e de implementação de uma cruel estratégia de acumulação”. Este mesmo Programa serviu de base para as propostas levadas à mesa de diálogos em Havana.

Em uma publicação da Fundação Semanário Voz “A verdade do Povo” de maio de 2013, foram divulgadas as cem propostas apresentadas pela delegação de Paz das FARC-EP na mesa de Havana sobre o primeiro ponto da agenda: “Política de desenvolvimento agrário integral”.

Tais propostas surgem das iniciativas apresentadas pelas organizações sociais, agrárias e populares no Fórum Agrário, em dezembro de 2012, convocado pela mesa de diálogo e organizado pelas Nações Unidas e pela Universidade Nacional da Colômbia e pelas mesas regionais das comissões de paz do Senado e da Câmara de Representantes.

As propostas do governo não são apresentadas à sociedade de maneira aberta, mas aparecem na forma de respostas simples e limitadas por parte da institucionalidade que defende que as propostas do governo se sustentam na lei de vítimas e restituição de terras.

Os diálogos começam com a discussão do primeiro ponto, ao mesmo tempo em que são discutidos os mecanismos logísticos de participação, etc., que vão surgindo no caminho para agilizar e otimizar os diversos processos imersos no desenvolvimento dos diálogos.

O primeiro acordo, referente ao primeiro ponto é anunciado no dia 26 de maio do 2013. Destaca-se neste primeiro comunicado de acordos parciais: “os planos de moradia, água potável, assistência técnica, capacitação, educação, adequação de terras, infraestrutura e recuperação dos solos”. O acordo procura reverter os efeitos do conflito e restituir as vítimas do despojo e do deslocamento forçado. Inclui a formação e atualização da informação rural para a atualização do respectivo cadastro, buscando segurança jurídica e melhor e mais eficiente informação”.

Em 21 de Junho de 2013, no primeiro relatório conjunto da mesa de diálogos, informou-se de maneira oficial e estruturada no que consiste o acordo sobre o primeiro ponto, fazendo-se uma ressalva que perpassa todo o processo “nada está acordado até que tudo esteja acordado”.

Tal como se esperava, desde o documento de 26 de maio de 2013, os acordos são coincidentes com o marco estipulado pelas 100 propostas levadas pelas FARC-EP. Era de se esperar, pois o contraste entre um conglomerado de propostas que surge de um estudo rigoroso da realidade, de escutar atenciosamente as diversas organizações democráticas, sociais e populares, as mais interessadas em construir outra Colômbia possível, e um conjunto de argumentos pouco preparados, vazios, que segundo a institucionalidade se sustentavam na lei de vítimas e restituição de terras, é gigantesco.

Destaca-se aqui, outros aspectos do comunicado: criação do Fundo de Terras de distribuição gratuita, eixo central das 100 propostas; reconhecimento das Zonas de Reserva Camponesas; melhoria da infraestrutura da via rural; um novo modelo especial de saúde para as zonas rurais. Em educação, o plano tem como propósito dar atenção integral à primeira infância, garantir a cobertura, qualidade e pertinência da educação e erradicar o analfabetismo nas áreas rurais. Da mesma forma, procurará promover a permanência produtiva dos jovens no campo e assegurar que os mesmos estudem em condições dignas. Terá especial ênfase a promoção de uma educação técnica, tecnológica e superior apropriada e articulada às necessidades do setor produtivo, adotando medidas para garantir o acesso aos mais jovens do campo. Como complemento ao anteriormente citado, acordou-se fortalecer e promover a investigação, a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico para o setor agropecuário em áreas como agroecologia, biotecnologia, solos, etc.

O plano de moradia, água e saneamento básico melhorará as condições de saúde e de moradia no campo mediante a diminuição do déficit de moradia rural e a provisão de soluções tecnológicas apropriadas para as necessidades no contexto rural, em matéria de acesso a água potável e eliminação de resíduos, com o fim de garantir condições de vida digna para os habitantes das áreas rurais. A pertinência e sustentabilidade destas soluções estará garantida por uma ativa participação das comunidades no desenho dos projetos bem como em sua administração e operação.

Por último, cabe ressaltar que a proposta número 100 da delegação de paz das FARC-EP é a Assembleia Nacional Constituinte e discorre que “considerando que o conjunto de políticas e ações aqui propostas (documento das 100 propostas) requerem um marco jurídico institucional adequado, que as mais importantes delas superem os desenhos constitucionais atuais, e que uma paz estável e duradoura só é possível com a mais ampla participação social e popular. Faz-se imperiosa a realização de uma Assembleia Nacional Constituinte, como mecanismo para referendação e para o desenho definitivo da nova política de desenvolvimento rural e agrário integral para a democratização e a paz com justiça social”.

Ponto 2: Participação Política

Com o fim do conflito armado e começo da construção e consolidação de uma paz com justiça social, o novo cenário político colombiano requer a transformação no exercício da ação política. A ampliação e aprofundamento da democracia levariam à transformação democrática da sociedade colombiana e à busca da participação de todos sem distinção, criando garantias e condições para que as novas forças emergentes, como os partidos, movimentos e organizações já consolidadas e a população em geral, exerçam uma plena participação política e cidadã. No acordo assinado em Havana por parte do Governo colombiano e as FARC-EP, colocaram-se as condições, necessidades, mecanismos de participação e garantias tanto estruturais (refere-se às garantias dos partidos e movimentos políticos que se declarem em oposição que estarão expedidas em um estatuto), como as garantias de livre expressão de organizações, movimentos sociais e populares.

A construção da paz requer algo além da mobilização e participação da cidadania. É por isso que este acordo discute também mecanismos de propostas pedagógicas e formas representativas diferenciadas, ou seja, propõe um plano de ação nas cidades e outro nas zonas e populações mais afetadas pelo conflito e de maior abandono institucional com o propósito de gerar uma transformação estrutural da cultura política e promover a recuperação do valor da política.

As discussões se dão em torno de três pontos. O primeiro é sobre as garantias ao exercício político, seja de oposição ou não, mecanismos democráticos de participação cidadã como canais de expressão popular e medidas efetivas para promover uma maior participação na política. Diante de cada tema, as duas partes descreveram as funções e orientações das comissões nacionais e regionais, as quais, uma vez assinado o acordo, constituíram-se por representantes do governo, movimentos políticos e sociais mais representativos e pelos representantes do movimento ou partido que constituam as FARC-EP. Sobre a representatividade, é necessário levar em conta os representantes das outras guerrilhas, que neste momento se encontram em diálogos, ou em vias de estabelece-los com o Governo Nacional. Estas comissões terão a tarefa de construir coletivamente, junto com o povo colombiano, as agendas de trabalho para a revisão e, se necessário, reformulação normativa e institucional, execução e avaliação do processo de cumprimento do acordo.

A necessidade de transformações culturais em valores que se afastem do individualismo e da concorrência impostos por um sistema capitalista neoliberal e a reconciliação e convivência como padrões para a construção de uma paz com justiça na Colômbia, são fundamentais para a efetividade do mesmo, depois de tantos anos de ódio e mentiras por parte das classes dominantes. É por isso que um dos pontos ressaltados é a reconfiguração dos meios de comunicação de massa e o compromisso por parte do Governo, uma vez assinado o acordo, em garantir espaços nacionais e regionais para rádios comunitárias, com condições materiais necessárias e capacitações em prol da democratização da informação. Sendo assim, os partidos mais representativos abrirão espaços televisivos para os partidos políticos, o movimento ou partido que constituam as FARC-EP e os movimentos sociais e populares.

Ponto 4: Solução ao problema das drogas ilícitas.

Do documento do pré-acordo sobre o ponto quatro da agenda da mesa de diálogos, “Solução ao Problema das Drogas Ilícitas”, salienta-se que o Governo colombiano e as FARC-EP reconhecem que o conflito social e armado antecede e tem causas distintas à aparição dos cultivos de uso ilícito em grande escala e da produção e comercialização de drogas ilícitas no território. Reconhecem também que a persistência dos cultivos está relacionada, em parte, à existência de condições de pobreza, marginalidade e débil presença institucional, além da existência de organizações criminosas dedicadas ao narcotráfico.

Com relação à responsabilização e ações a serem tomadas, indicam que os atores envolvidos têm responsabilidades diferenciadas e devem ter tratamentos diferenciados, nos âmbitos social, político e jurídico. Assim, é realizada uma diferenciação fundamental dos atores nacionais envolvidos, distinguindo consumidores, cultivadores e organizações criminosas dedicadas ao tráfico. Fica a cargo do Estado realizar uma ação repressiva sobre os últimos, baseada numa ação policial e judiciária. Propõe-se ações de atenção diferenciada e de inclusão social aos consumidores e cultivadores. Ditas ações de inclusão são propostas baseadas no consenso e a partir de uma perspectiva participativa centrada nos direitos humanos e no desenvolvimento sustentável.

O documento propõe desmantelar toda a cadeia de criação de valor do narcotráfico, revendo as responsabilidades institucionais, nacionais e internacionais, ao reconhecer que o fenômeno do narcotráfico tem afetado a institucionalidade colombiana através da corrupção. É ressaltado o envolvimento necessário de outros Estados e atores internacionais para solucionar o problema dos cultivos de uso ilícito, sempre que estes sejam parte responsável do fenômeno.

Assim, o problema das drogas ilícitas é compreendido como fenômeno de caráter político, econômico, social, ambiental e cultural. Nesse sentido, as propostas para resolvê-lo vão além do âmbito judicial e policial. A proposta fundamental está centrada no Programa Nacional Integral de Substituição de Cultivos de Uso Ilícito, muito relacionado com a proposta de Reforma Rural Integral, formulada nos pré-acordos do ponto 1 da agenda. O objetivo deste programa é finalizar o cultivo de uso ilícito, a produção e a comercialização das drogas ilícitas, salientando a necessidade de atuar sobre as causas e consequências do problema e beneficiar as comunidades dos territórios afetados pelos cultivos de usos ilícitos.

Nos parece que o documento expressa uma análise crítica profunda do problema do narcotráfico na Colômbia e propõe soluções igualmente integrais. Porém, avança pouco na responsabilização pontual dos atores empresariais, das forças repressivas do Estado e governamentais que têm sido os principais beneficiários e organizadores do narcotráfico na Colômbia. Este ponto, assim como a efetivação do acordado, dependerá necessariamente da força política das organizações sociais e políticas do povo colombiano no momento da implementação dos acordos, numa luta contínua pela transformação institucional e social, e pela construção da verdade histórica e dos processos de justiça e reparação do conflito social, político e armado.

Pontos 3, 5, e 6.

Os últimos pontos em debate na mesa de Havana se caracterizam pela participação de diferentes membros da sociedade civil em relação aos pontos anteriores. Se os pontos de terra e território, participação política e cultivos de uso ilícito contaram com a participação limitada de organizações populares por meio dos fóruns impulsionados pela ONU, pela Universidade Nacional da Colômbia e pela Igreja Católica (todos eles solicitados pela Mesa de Diálogos), o ponto de vítimas contou com a participação de 5 grupos de vítimas compostos por 60 pessoas ligadas a diferentes organizações sociais.

A análise do conflito permite reconhecer dois grupos de vítimas, por um lado aqueles que por conta da estrutura social, política e econômica do país têm limitados direitos à saúde, educação, moradia, e em geral sofrem todas as consequências de uma sociedade excludente e repressora; por outro lado estão as vítimas diretas, que é o grupo representado pelas 60 vítimas que participaram em Havana, sendo a voz das quase 7 milhões de pessoas, dentre as quais se encontram os deslocados forçados (6 milhões de pessoas), vítimas de “falsos positivos” (mais de 2.500), desaparecidos (150 mil), estupros e outros tipos de violência sexual, etc.

A grande maioria das vítimas (sejam diretas ou indiretas) foram agredidas pelo “bloco contrainsurgente” constituído pelo Estado (polícia, exército, corpos de inteligência e outros) e pelo paramilitarismo que atua com permissão ou ajuda da estrutura estatal. De acordo com a Comissão Histórica do Conflito e suas Vítimas, aproximadamente 80% das vítimas são produto deste “bloco contrainsurgente”.

Para além das diferenças, todas as vítimas do conflito estimularam a Mesa de Diálogos para dar continuidade aos diálogos, acordar um cessar-fogo bilateral, a não repetição dos fatos vitimizantes e implementar as reformas estruturais que necessita o país para garantir uma paz estável e duradoura.

As organizações populares em luta, as organizações defensoras de direitos humanos e as insurgências concordam com o fato de que a paz não é possível sem as reformas estruturais e o reconhecimento do Estado como principal perpetrador de violação aos direitos humanos.

Com relação ao ponto “fim da guerra”, a nova dinâmica da Mesa de Diálogos ficou evidente com a conformação da “Comissão Técnica” composta por um grupo de militares do governo e comandantes insurgentes que tem como principal objetivo definir a forma de acabar com a utilização da violência como mediação da política. A participação de generais do exército governamental, fato inédito na história dos diálogos de paz na Colômbia, inclui um setor fundamental que foi afetado pela guerra (principalmente as bases populares que são obrigadas pela lei a compor o exército nacional) e aqueles que ao mesmo tempo se beneficiam desta (fundamentalmente os altos mandos que recebem lucros elevados através de contratos e licitações de uniformes, alimentos, cursos de capacitação, e até pelo tráfico de drogas).

O ponto central do debate na “Comissão Técnica” é a “deposição das armas” que se desdobra na interpretação feita por cada grupo da expressão “depor armas”. O governo pressupõe que as FARC-EP entreguem suas armas, já a insurgência fala da não utilização das mesmas, fato que não implica a entrega das armas ao Estado. O governo exige a entrega das armas no momento de assinar os acordos de paz, no entanto as FARC-EP estariam dispostas a entrega-las no momento em que os acordos estejam plenamente implementados.

As organizações populares têm exigido o cessar-fogo bilateral. Concordando com tal exigência, a insurgência executou 5 períodos de cessar-fogo unilateral (um deles em conjunto com o ELN), e em uma sexta ocasião na qual, a partir de 20 de dezembro de 2014, foi definido o cessar-fogo unilateral por tempo indeterminado.

As FARC-EP fazem referência a 15 medidas concretas que acordaram de forma unilateral para diminuir a intensidade do confronto militar, entre elas está a libertação do General Alzate capturado pela guerrilha no campo de luta, a libertação de vários prisioneiros de guerra e a decisão de não recrutar menores de 17 anos.

Embora o governo tenha declarado que só seria possível definir um cessar-fogo bilateral no final dos diálogos, a força da mobilização popular e a dinâmica da própria da Mesa de Diálogos pressiona para concretizar avanços no sentido da diminuição da intensidade da guerra (“desescalamiento del conflicto”[1]), que já apresenta alguns resultados como o acordo de “limpeza dos territórios contaminados por minas terrestres e explosivos” que tanto as FARC-EP como o exército deixam nos campos onde se desenrola a guerra.

O último ponto da pauta dos diálogos que corresponde à “referendação” ainda não foi debatido na Mesa, porém, convoca o debate político dos mais diversos setores sociais na Colômbia que desde já, propõem diversas formas de “legalizar” os acordos. No debate político é possível encontrar 3 grandes setores sociais que apresentam saídas opostas e até mesmo contraditórias.

O governo insiste na realização de um “referendo” no qual aparentemente se garante a participação do povo colombiano para dizer se concorda ou não com as decisões tomadas na Mesa de Havana. Tanto em forma como em conteúdo, essa proposta apresenta grandes limites. Primeiro porque não é possível colocar num referendo o texto integral dos acordos que, muito provavelmente vai superar as 100 páginas. Segundo porque o povo só teria a possibilidade de falar SIM ou NÃO perante temas transcendentais da política nacional, e, terceiro porque a figura do referendo não significa a implementação dos acordos como medidas de Estado perduráveis no tempo, tendo a possibilidade de serem revertidos por outros governos ou por reformas constitucionais que não requerem a aprovação da maioria do povo.

A proposta do setor mais conservador e reacionário liderado pelo ex-presidente Uribe Vélez propunha uma Assembleia Nacional Constituinte encarregada de evitar reformas democráticas, consolidando o projeto neoliberal fundado na violência repressiva que impuseram por dois períodos presidenciais. Depois das eleições presidenciais e parlamentares (de 2014), embora sua força tenha sido representativa, não foi suficiente para manter a proposta da Assembleia Constituinte. Por isso, mudou a tática e propôs uma “comissão legislativa” de “eleição popular” e com o tema exclusivo de Diálogos de paz. Nesta proposta o povo não tem outra alternativa senão eleger os mesmos integrantes da política burguesa e oligárquica, que supostamente estariam encarregados de expressar a voz popular.

Por sua vez, as insurgências (FARC-EP, ELN e EPL) concordam com a maioria das organizações populares que propõem uma Assembleia Nacional Constituinte de caráter popular direcionada para a realização das reformas necessárias para superar as causas sociais, políticas e econômicas que deram origem e perpetuaram a guerra por mais de meio século. Esta proposta se diferencia radicalmente das duas anteriores porque busca a transformação do Estado colombiano e das estruturas de poder que historicamente o tem administrado de acordo com seus interesses.

Desde 2012, o povo colombiano vem construindo o debate amplo, plural e participativo onde se discute as novas formas que deve adotar o desenvolvimento nacional, fundado em princípios básicos como a reforma agrária, urbana, a garantia de plenos direitos universais, economia e cultura alternativa aos interesses do capital. Em termos gerais, o povo colombiano vem pensando e construindo os fundamentos da paz com justiça social, que constituem as bases de uma nova Colômbia.

1.2     Sobre o diálogo entre o Governo da Colômbia, o ELN e o EPL.

A necessidade do diálogo entre o Governo da Colômbia, o ELN e o EPL foi colocada desde o início do diálogo com as FARC-EP pelo conjunto dos movimentos políticos e sociais que lutam pela paz na Colômbia. Sabe-se que o Governo e o ELN estão se aproximando desde o início de 2014 e que já conseguiram definir uma agenda de 04 pontos: 1) Participação da sociedade; 2) Democracia para a paz; 3) Vítimas; 4) Implementação do acordo. No entanto, o início dessa mesa ainda não se efetivou, debate este que vem se postergando desde o ano passado.

No caso do EPL é mais preocupante ainda, porque não se tem nenhuma notícia de uma aproximação entre essa insurgência e o governo, embora em julho de 2014 o EPL tenha expressado publicamente seu interesse em também começar uma mesa de diálogo com o Governo Santos Calderón.

Uma verdadeira paz estável e duradoura na Colômbia só será possível com o fim de todas as expressões armadas dos conflitos e não somente com as FARC-EP. Na lógica do Governo de Santos Calderón, ao conseguir um acordo com a maior insurgência - ou seja, com as FARC-EP - as outras forças políticas armadas se verão forçadas a uma “negociação” mais rápida e fácil. Caso contrário, receberiam toda a ofensiva militar que hoje está concentrada principalmente nas FARC-EP.

Essa lógica evidencia que o Governo não valoriza suficientemente as contribuições que essas organizações podem fazer em um novo pacto social para a paz e que desdenha do potencial de resistência de duas insurgências que, mesmo sendo menores que as FARC-EP, também resistiram por 50 anos e conseguiram obter um importante acúmulo político e social que deve fazer parte da construção de uma nova Colômbia em paz.

O ELN tem insistido na necessidade de fazer um diálogo aberto, com participação cidadã, no mesmo espírito expresso pelas FARC-EP desde o início do diálogo com o Governo e pelo conjunto do movimento social e popular na Colômbia. Isso é muito importante na eventual possibilidade de encontro das três mesas de diálogo e para as garantias de uma participação efetiva da sociedade além das insurgências e do Governo (e a classe que representa).

A concretização de uma mesa com cada insurgência (ou eventualmente sua confluência em uma só) é a base fundamental para o processo de paz como um todo para aprofundar a “desintensificação” da guerra, que como já expressamos foi uma decisão coerente por parte das FARC-EP e não do Governo. Mas é importante salientar que é urgente que o Governo se comprometa o quanto antes com um cessar-fogo que seja também assumido de forma bilateral por todas as insurgências.

A não abertura dessas mesas é uma das principais contradições do Governo de Santos Calderón, que foi reeleito em 2014 com apoio de setores democráticos e defensores da paz com justiça social na Colômbia, com o compromisso de finalizar o diálogo com as FARC-EP, mas também de abrir o diálogo com o ELN e o EPL.

Aqui é importante destacar que existe uma unidade no processo, pois mesmo com matizes, as causas de fundo do conflito armado existente há 50 anos são confluentes entre as insurgências; e mais, é evidente que existem múltiplas coincidências em termos políticos e sociais das propostas sobre reformas necessárias para concretizar o processo de paz.

É necessário que toda a sociedade se una, e que as insurgências junto com as outras forças políticas e sociais democráticas e de esquerda consigam consolidar um bloco em defesa dessa paz com justiça social, entendendo sempre que o processo de paz vai muito além das mesas de diálogo com as insurgências e dos acordos que possam sair daí.

1.3     Contradições e ambiguidades do Governo da Colômbia.

O Governo de Santos Calderón expressou desde o início de seu mandato em 2010 seu compromisso em conseguir a paz na Colômbia, dizendo pretensiosamente possuir as chaves da paz. Contrariamente, tanto para as insurgências, como para o conjunto do movimento social e popular da Colômbia essas chaves estão com o povo que historicamente contribui com a construção e com a demanda de uma paz com justiça social.

Santos Calderón, sempre é bom lembrar, foi o Ministro de Defesa no segundo mandato do Governo de Uribe Velez, sendo o responsável pelas piores ações de barbárie na guerra, não só contra as insurgências, mas também contra toda a oposição política e social, assim como contra civis em geral que não estavam diretamente envolvidos no conflito armado. Inclusive contra países vizinhos - como foi o caso do bombardeio ao acampamento guerrilheiro onde foi assassinado o comandante das FARC-EP Raúl Reyes.

Por isso, o propósito de paz do Governo de Santos Calderón, na realidade, é consequência da não derrota militar das insurgências mesmo com a maior ofensiva da história e com todo o apoio dos Estados Unidos. A paz na Colômbia é uma necessidade para a continuidade e aprofundamento da estratégia neoliberal, agora na sua fase extrativista de reprimarização das economias periféricas. Foi, na verdade, o interesse das transnacionais capitalistas monopolistas que exigiu do atual governo uma mudança em relação à política no país, visando o fim da guerra.

Embora tenha esse propósito, o Governo mantém a ofensiva militar que afeta não só as insurgências, mas principalmente a população civil com bombardeios covardes[2], cuja consequência é a morte dos habitantes das comunidades agrárias (camponeses, indígenas, negros) e a devastação de seus cultivos. Também mantém a perseguição, estigma e criminalização dos movimentos e de expressões sociais e políticas da oposição democrática e de esquerda, e, por outro lado não persegue efetivamente as estruturas paramilitares que continuam atuando, ameaçando e assassinando em diversas regiões do país. Enfim, mesmo com algumas mudanças, em geral se mantém a lógica e estratégia guerreirista, o que, inclusive, dificulta a criação de um ambiente que possibilite uma maior recepção e apropriação do processo de paz por parte da sociedade em geral.

O Governo mantém a absurda tese sionista de “dialogar como se não houver combate, combater como se não houver dialogo”; por isso, embora as FARC-EP em 5 ocasiões (desde o início dos atuais diálogos) tenha realizado o cessar-fogo de forma unilateral, o último deles iniciado em dezembro de 2014 de forma indefinida, o Governo de Santos Calderón não optou por responder com um cessar-fogo bilateral.

Recentemente, Santos Calderón anunciou o cessar-fogo temporário, por um mês, dos bombardeios contra as FARC-EP (e não contra o ELN). Na leitura das FARC-EP isso significou uma cortina de fumaça, pois condiciona sua continuidade ao cessar-fogo unilateral dessa organização e deixa aberta a possibilidade de mantê-los no caso de um suposto iminente ataque, o que fica a critério da própria inteligência militar ou policial do Estado. Ao serem mantidos os ataques contra o ELN coloca-se em risco também as FARC-EP, já que atuam como organizações irmãs. Além disso, para esta organização o cessar-fogo temporário do Governo é, na realidade, um movimento para evitar a reivindicação e a ofensiva insurgente diante do recente assassinato por parte do exército colombiano do comandante guerrilheiro das FARC-EP, Gilberto Becerro, em março de 2015[3].

Por outro lado, defendendo seus verdadeiros interesses no processo de paz, o Governo de Santos Calderón mantém uma agenda legislativa contrária aos avanços desse processo (tanto no diálogo com as FARC-EP como no diálogo com os movimentos sociais, como a Cúpula Agrária). Isso fica evidente, por exemplo, no seu Plano Nacional de Desenvolvimento 2014-2018 (PND), que por seu conteúdo demonstra que pretende aprofundar as políticas neoliberais e extrativistas e não expressar a vontade política das reformas necessárias para receber os acordos que emanam do(s) diálogo(s) com a(s) insurgência(s). Ou em leis específicas, como a Lei 133 de 2014, em trâmite no congresso desde final do ano passado, como lei de baldios, que contradiz os pré-acordos do primeiro ponto em Havana ou nos incipientes compromissos assumidos após as greves camponesas, leis que diversos analistas têm avaliado como uma verdadeira contra-reforma agrária.

E pior ainda, ante uma ação de guerra das FARC-EP, como foi a retenção do General Alzate, o presidente Santos Calderón de forma arbitrária suspendeu os diálogos, sobrepondo-se aos acordos de funcionamento da mesa, o que evidenciou a fragilidade de garantias por parte do Governo para a continuidade e fim exitoso do processo.

O Governo também pretende impor pela via legislativa e com o apoio da grande mídia pontos a mais na agenda como, por exemplo, o denominado marco jurídico para a paz ou a proposta de referendo como mecanismo para legitimar os acordos. Ambas as iniciativas não foram tratadas na mesa em Havana e tanto o Governo quanto a insurgência têm perspectivas e propostas diferentes sobre este tema. As FARC-EP já deixaram claro que não reconhecem nem se submetem a nenhuma dessas iniciativas, mas somente ao que foi acordado e assinado em Havana e a uma forma de referendar que seja acordada e que garanta a participação ativa e real da sociedade em seu conjunto.

Por fim, por tudo isso, é evidente que Santos Calderón não é o “homem da paz”, como pretende se mostrar nacional e internacionalmente, pois na verdade a chave da paz está com o povo em luta. O processo de paz não depende nem pode depender da boa vontade do governo em gestão. Só a persistência e o aprofundamento da mobilização e da construção de propostas para uma nova Colômbia em paz com justiça social, por parte do conjunto dos movimentos políticos e sociais democráticos e de esquerda forçarão o Governo de Santos Calderón a assumir até as últimas consequências esse processo de paz, e portanto, superar as suas próprias contradições.

2. Luta social e política pela paz com justiça social, democracia e soberania na Colômbia.

A luta pela paz na Colômbia está profundamente arraigada nas lutas dos camponeses, trabalhadores, estudantes, indígenas, negros, mulheres, defensores de direitos humanos, vítimas das diversas expressões do terrorismo de Estado, enfim, todos aqueles que têm se organizado social e politicamente para construir uma Colômbia democrática, soberana, com distribuição da terra, direitos trabalhistas, civis, sociais, políticos, culturais, ambientais para todos e não para uma pequena classe oligárquica e burguesa, expropriadora, exploradora e criminosa.

Esses lutadores e lutadoras históricas, reconhecem também que a luta armada insurgente é uma expressão que faz parte dessa aposta por uma nova Colômbia e entendem que as causas históricas que levaram ao aprofundamento dos conflitos sociais e políticos no país devem ser resolvidas. É lamentável que as classes dirigentes na Colômbia tenham forçado, com seu autoritarismo, uma guerra que perdura 50 anos para que enfim, vislumbrem pelo menos a possibilidade de disputar projetos políticos para o país com pluralidade e com garantias para as esquerdas, assim como dar garantias para a qualidade de vida, para o trabalho camponês e para as culturas agrícolas.

Destacamos assim que a luta pela paz sempre foi parte da luta nos campos e nas cidades. No entanto, é uma paz que precisa ser construída com bases sólidas, com justiça social, democracia e soberania, caso contrário o processo de paz não será concluído (mesmo com as insurgências em uma nova condição de sujeitos coletivos políticos que não usem as armas).

Por isso o povo colombiano vem se organizando de diversas formas e cada vez mais, nos últimos anos, encontra caminhos de convergência como única via que garanta a continuidade da luta e da defesa dos logros das mesas de diálogo, pretendendo ir além no processo de uma Assembleia Nacional Constituinte, sendo conscientes que após isso a luta continuará e se acirrará.

Brevemente, exporemos aqui o caráter da Marcha Patriótica como uma das principais forças sociais e políticas na luta do povo colombiano e situaremos os dois processos contemporâneos de unidade que servem como instrumentos de organização, mobilização e luta pela paz com justiça social na Colômbia, a saber: a Cúpula Agrária e a Frente Ampla, destacando a agenda de mobilização de 2015.

2.1 A Marcha Patriótica.

O Movimento Político e Social Marcha Patriótica (MAPA) surge no ano 2010, em comemoração ao bicentenário do primeiro movimento de independência da Colômbia e da América Latina. Naquele ano, logrou mobilizar aproximadamente 30.000 pessoas na capital, Bogotá, onde se celebraram cabildos abertos temáticos (espaços parecidos com assembleias), onde se reuniram diversas expressões das lutas sociais no país, convocando o povo da Colômbia a recuperar a herança da histórica resistência indígena e afrodescendente contra o colonialismo e o consequente movimento de independência liderado por Simón Bolívar, que barrado pelas elites locais decidiu então assumir a luta pela segunda e definitiva independência da Colômbia e de toda a Nossa América.

Como um trabalho de formigas, cotidiano, a partir das bases, recuperando as diversas tradições e expressões de resistências e lutas locais, foi-se costurando um movimento amplo constituído por camponeses, estudantes, indígenas, afrodescendentes, trabalhadores, ambientalistas, defensores de direitos humanos, lutadores pela paz, mulheres, artistas, entre tantos outros setores que procuram a construção de uma sociedade que supere o modo de produção capitalista, a sociabilidade burguesa e sua atual estratégia neoliberal.

Foi assim que a MAPA conseguiu uma convergência de quase 2.000 organizações de base, sociais e políticas em todo o território nacional, constituindo-se em abril de 2012 em Movimento Político e Social, como instrumento de unidade popular com vocação de poder nacional, em diálogo aberto com o movimento popular da América Latina e a crescente luta anticapitalista a nível mundial.

No entendimento da MAPA é um imperativo a solução política do conflito social e armado que assola o país há mais de 50 anos. Entende-se que essa é a única saída possível diante do esgotamento da carreira guerrerista desenvolvida pelos sucessivos governos da Colômbia, com o apoio financeiro e militar dos Estados Unidos e com recursos do povo colombiano que deveriam ser usados para garantir melhores condições de vida possíveis para esse povo. A solução política é a alternativa para superar as causas do conflito armado como o problema da terra, o injusto sistema socioeconômico e a ausência de garantias democráticas para o exercício da política e da oposição.

Essa solução política deve levar então a um novo cenário de paz com justiça social, como única alternativa real para que seja uma paz duradoura. Por isso, a MAPA contribui com todas as suas forças aos diálogos atualmente em curso entre a insurgência das FARC-EP e o Governo, mas considera que para que o processo de paz consiga chegar ao fim com êxito é indispensável uma inclusão real e profunda dos movimentos sociais e políticos nos diálogos de paz, assim como o cessar-fogo bilateral no conflito e o início efetivo do diálogo com o ELN e o EPL.

Desde o lançamento da MAPA, foi colocada a perspectiva de uma necessária Assembleia Nacional Constituinte, que se sustente em um grande movimento popular pela paz com justiça social, onde convirjam diversas iniciativas políticas e sociais democráticas com esse compromisso.

Mas a MAPA entende que essa luta vai além do atual processo de paz. Nesse sentido a vocação de poder que se coloca aponta para a construção efetiva de uma nova Colômbia, que se sintetiza nos pontos da sua plataforma, apostando na democratização da sociedade, do Estado e do modelo econômico; na construção de um modo alternativo de vida e de produção e de novas formas de poder e economia; nas garantias para a materialização dos direitos humanos por parte do Estado; na dignificação do emprego e humanização do trabalho; na garantia que se logre uma reparação integral às vítimas da guerra e do exercício estrutural da violência; na aposta em uma reapropriação social do território para atender a necessidades comuns; no desenvolvimento de uma reforma agrária integral para a paz, com autonomia e soberania alimentar; assim como uma reforma urbana integral com democratização da cidade; na construção de uma cultura para a solidariedade e para a transformação da ordem social; na luta pelo restabelecimento da soberania nacional e autodeterminação; ser parte das lutas internacionalistas pela integração da Nossa América e por uma nova ordem mundial; enfim a continuidade das lutas pela dignidade, a emancipação e a libertação.

É nesse caminho de luta pela paz com justiça social que a MAPA se encontra em processos de unidade que são históricos, não só pela atual conjuntura, mas porque é nessa ocasião que conseguiu um maior avanço da unidade no campo popular e democrático, tanto na luta social como na política.

2.2 A Cúpula Agrária: Camponesa, Étnica e Popular.

A Cúpula Agrária: camponesa, étnica e popular, surge como parte do processo das mais recentes expressões das lutas agrárias, propondo-se semear dignidade, lavrar esperança e colher país.

Em maio de 2013 camponeses da região do Catatumbo (umas das mais afetadas pela guerra), tomaram a iniciativa de fazer uma greve pela constituição de uma zona de reserva camponesa como alternativa à intervenção militar para a erradicação de cultivos de uso ilícito. Nos dois primeiros dias, as forças repressivas do Estado assassinaram 04 camponeses. O Governo de Santos Calderón difundiu que era uma manifestação promovida pela insurgência, mas a pertinência de suas demandas fez com que toda a Colômbia voltasse seus olhos de forma solidária para Catatumbo e, portanto, o Governo se viu obrigado a começar o diálogo.

Esse processo foi a antessala da histórica greve camponesa iniciada em agosto do mesmo ano, também fortemente reprimida e criminalizada, e inicialmente ignorada pelo Governo, mas que teve amplo respaldo nas principais capitais do país e pelas diversas forças políticas e sociais da América Latina e do mundo. Isso novamente forçou o Governo de Santos Calderón a dialogar com o movimento.

Como resultado desse processo surgiram diversas articulações de forças agrárias que confluíram na Cúpula, como espaço de unidade e de interlocução e diálogo com o Governo da Colômbia.

O Governo de Santos Calderón só vem dificultando o diálogo e descumprido seus poucos compromissos, por isso os camponeses, indígenas e negros voltaram às ruas em maio de 2014 e se preparam novamente para uma grande greve em 2015, articulando os processos regionalmente, incorporando explicitamente o tema da paz como parte da sua agenda, apostando no fortalecimento da iniciativa de um movimento social pela paz.

2.3 A Frente Ampla pela paz com justiça social.

A Frente Ampla pela paz surge como uma alternativa de unidade política no contexto eleitoral de 2014, quando Colômbia teve que optar, no segundo turno, ou pela continuidade do Governo de Santos Calderón, seu suposto compromisso com o processo de paz (mesmo com todas as contradições aqui já salientadas); ou pela retomada do uribismo como expressão da ultradireita fascista que explicitou abertamente a intenção de ruptura do diálogo com as FARC-EP, a nova caça às bruxas que se iniciaria, incluindo a disposição para o enfrentamento com a Venezuela e a Nicarágua.

Foi nesse difícil contexto que diversas forças políticas e sociais convergiram no lançamento da Frente Ampla pela paz com justiça social, respaldando a continuidade do processo de paz e, portanto, a reeleição de Santos Calderón. Mas, sobretudo, surgiu com o intuito de se constituir como uma força que pode articular diversas expressões sociais e políticas em defesa da paz, do diálogo com todas as insurgências, do processo de democratização necessário para o país, da construção do caminho para uma Assembleia Nacional Constituinte, do cessar-fogo por todas as partes do conflito armado.

Assim, neste curto período de existência, a Frente Ampla tem cumprido um papel fundamental no debate público de país em torno do processo de paz. Como é composta por uma grande diversidade de forças democráticas é uma referência de necessária pluralidade que assentará as bases de um movimento pela paz. Além disso, a partir da decisão das FARC-EP em manter um cessar-fogo unilateral, a Frente Ampla assumiu a verificação de sua implementação e desde então apresentou um total de cinco informes corroborando seu cumprimento. Por outro lado, vem demandando do Estado condições para que possa ser mantido e aprofundado um cessar-fogo bilateral.

A Frente Ampla pela paz, decidiu participar de forma unitária nas eleições locais e regionais de 2015, entendendo que serão nesses territórios onde se disputará de forma legítima a possibilidade de ratificação e implementação de eventuais acordos entre as insurgências e o Governo. Este é um importante passo, mesmo com dificuldades e contradições, dado que lamentavelmente o Estado ainda não ofereceu garantias para a disputa política legal, mas pelo contrário, continuam as ações de guerra legais e ilegais e a perseguição generalizada contra as organizações e movimentos democráticos e populares de oposição. É este um passo muito importante na vocação de poder das organizações e movimentos que estão decididos a derrotar as classes dirigentes oligárquicas e burguesas.

Finalmente é importante salientar que esta Frente Ampla também tem clareza que a principal luta está nas ruas. É por isso que assume também de maneira unitária o impulso e apoio das diversas formas e iniciativas de mobilização nacional e internacional para amparar o processo de paz.

É por isso que 2015 é um ano de muita luta na Colômbia e um ano decisivo no processo de paz. No dia 09 de abril foi convocada uma grande mobilização nacional pela paz com justiça social nas diversas regiões do país, tendo como bandeiras a continuidade do diálogo com as FARC-EP, o início do diálogo com o ELN e o EPL, o cessar-fogo bilateral e o aprofundamento da unidade no processo de construção da Assembleia Nacional Constituinte. Dessa forma, convocaram para esta mobilização a Marcha Patriótica, a Cúpula Agrária e a Frente Ampla.

Mas além dessa mobilização tão importante do dia 09 de abril, neste ano está se construindo um congresso pela paz, uma greve e paralisação agrária e popular, movimentos que seguem o caminho da constituição desse grande movimento pela paz e da disputa popular regional e local nas eleições, para que o governo comece a ser construído a partir das bases e do poder popular.

Em sintonia com essas mobilizações na Colômbia, a Marcha Patriótica junto com diversas forças sociais e políticas do Uruguai, Argentina e Brasil, entre outras, está construindo o II Fórum pela Paz na Colômbia, como um espaço de diálogo, intercâmbio e construção de propostas para respaldar as lutas do povo colombiano, entendidas como parte das lutas pela libertação do continente.  

3. O II Fórum pela paz na Colômbia.

O II Fórum pela paz na Colômbia é um espaço privilegiado para proteger o processo de paz na Colômbia contra as ameaças dos setores fascistas e retardatários desse país e da região.

Como foi assinalado no início, o II Fórum pela paz na Colômbia é a continuação do I Fórum realizado em 2013 em Porto Alegre, convocado para discutir sobre a Paz com justiça social, democracia e soberania na Colômbia. Este fórum aportou valiosas análises que contribuíram, no cenário político e na atual conjuntura, para o desenvolvimento da mesa de diálogos sobre a paz entre o Estado Colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Hoje, a Marcha Patriótica e as organizações, movimentos, sindicatos e partidos políticos da Colômbia, Argentina, Brasil, e Uruguai trabalham novamente na construção do II Fórum com o objetivo de discutir a necessidade da luta por uma América Latina em paz e livre do militarismo. Este fórum que se realizará em Montevidéu – Uruguai nos dias 5, 6 e 7 de junho do 2015 contará com o apoio de mais de cem organizações, movimentos e partidos do continente todo.

Este II Fórum possibilitará a reflexão sobre a situação colombiana e latino-americana, ao mesmo tempo que abrirá o cenário para o encontro político, social e cultural que construa ações de acompanhamento e solidariedade com o povo colombiano. Este Fórum será uma reunião para dialogar sobre a necessidade de uma América Latina onde se respeitem os direitos humanos, a autodeterminação dos povos e acima de tudo um território com soberania para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e transformadora; na qual se eliminem as velhas formas de repressão e as novas formas de intervenção norte-americana nos nossos assuntos nacionais. 

Assim, o II Fórum pela paz na Colômbia convoca todos os latinoamericanistas, defensores da autodeterminação dos povos e os lutadores pela paz com justiça social, pela democracia e pela soberania na Colômbia.

3.1 Militarização e Imperialismo.

A nossa principal pauta neste II Fórum pela paz na Colômbia, é desvelar a estratégia militarista utilizada pelo imperialismo estadunidense no nosso continente, que até o momento, conta com 72 bases militares das quais 09 encontram-se em território Colombiano, assegurando assim, uma hegemonia política e econômica através da sua doutrina de “segurança global”. Esta doutrina converteu-se numa nefasta justificativa para a ingerência estadunidense em todo planeta com o estabelecimento do seu aparato industrial militar.

A nossa luta é pela paz com justiça social, que produza as condições para que o movimento social possa cumprir seus propósitos num cenário democrático que permita às maiorias liberdade de expressão e disputa dos espaços do poder sem o risco de serem assassinados, exiliados, encarcerados e nem sequer ameaçados. Acreditamos também que a luta pela paz na Colômbia, respaldaria as lutas anti-imperialistas que estão se desenvolvendo contra as bases norte-americanas no nosso continente, reduzindo o militarismo e fortalecendo a soberania dos nossos povos para uma verdadeira autodeterminação política e econômica. 


3.2 Direitos humanos.

A garantia dos direitos humanos é uma premissa fundamental do Estado nas sociedades democráticas. No entanto, a principal função dos Estados oligárquicos e burgueses na região latino-americana foi, e em alguns casos ainda é, a negação dos direitos e a repressão, seja através dos corpos militares e paramilitares; subsidiários do regime ou através do sistema judiciário. Na Colômbia, sob o contexto e a desculpa do conflito sócio-político armado, o Estado viola os direitos humanos com práticas ditatoriais como detenções massivas, desaparições forçadas, montagens judiciais, ameaças, abuso sexual, assassinatos tanto de líderes militantes da oposição e quanto da população em geral. A guerra chegou a níveis tão degradantes a ponto de aproximar-se da barbárie, como no caso dos “falsos positivos”; assassinatos de civis que posteriormente eram apresentados como baixas no combate contra a guerrilha, segundo o informe da ONU e de outros organismos de Direitos Humanos.


O II Fórum visa desenvolver-se por meio de uma metodologia participativa, na qual serão realizadas quatro palestras sobre os temas centrais que apresentam os traços gerais da situação da Colômbia, assim como nove oficinas temáticas que aprofundam o debate. Realizar-se-á a abertura e o encerramento com importantes personalidades políticas, culturais e do movimento social e popular. Também se realizará um encontro entre parlamentares dos diferentes países com o objetivo de iniciar ações concretas pela paz com justiça social e contra a militarização estadunidense na Colômbia e no continente latino-americano. Finalmente, realizaremos atos de solidariedade com os povos do mundo, principalmente de Cuba, Venezuela, Paraguai, Honduras, Palestina, Saara Ocidental e Curdistão.

PALESTRAS CENTRAIS:
1.      Imperialismo e militarização na América Latina
2.      Direitos Humanos
3.      Terra e Território
4.      Paz com Justiça Social

OFICINAS TEMÁTICAS
1.      Parlamentares pela paz com justiça social
2.      Deslocamento Forçado, migração e refúgio Internacional
3.      Presas e presos políticos e criminalização do pensamento crítico
4.      Política antidrogas e ingerência estrangeira na América Latina e no Caribe
5.      Unidade do povo colombiano: A Frente Ampla pela Paz, Democracia e Justiça Social.
6.      Mulheres construtoras da paz, Justiça social e Verdade.
7.      Jovens e estudantes latino-americanos na luta antimilitarista
8.      Comunidades na luta pela paz com justiça social: Indígenas, Afrodescendentes e camponeses.
9.      Ato de solidariedade internacional: solidariedades com movimentos populares e os povos do mundo.

Companheiros e companheiras, acreditamos que é possível sim a paz com justiça social, democracia e soberania na Colômbia, e que é possível uma América Latina livre de militarismo e imperialismo e com as garantias plenas dos direitos humanos. Enfim, é possível alcançar a segunda e definitiva independência da Nossa América na luta pela superação da sociabilidade burguesa e do seu modo de produção baseado na propriedade privada dos meios de produção e na exploração do trabalho. No entanto, para conseguir isso é necessário que estejamos juntos, evocamos então o uruguaio Mario Benedetti para convocar-nos a esse encontro.

Vamos juntos

Con tu puedo y con mi quiero
vamos juntos compañero

compañero te desvela
la misma suerte que a mí
prometiste y prometí
encender esta candela

con tu puedo y con mi quiero
vamos juntos compañero

la muerte mata y escucha
la vida viene después
la unidad que sirve es
la que nos une en la lucha

con tu puedo y con mi quiero
vamos juntos compañero

la historia tañe sonora
su lección como campana
para gozar el mañana
hay que pelear el ahora

con tu puedo y con mi quiero
vamos juntos compañero

ya no somos inocentes
ni en la mala ni en la buena
cada cual en su faena
porque en esto no hay suplentes

con tu puedo y con mi quiero
vamos juntos compañero

algunos cantan victoria
porque el pueblo paga vidas
pero esas muertes queridas
van escribiendo la historia

con tu puedo y con mi quiero
vamos juntos compañero.



[1] Desaceleração do conflito no sentido de diminuir sua intensidade.
[2] Vale lembrar que foi após um operativo que incluía bombardeios, em meio ao processo de aproximação do atual diálogo de paz com as FARC-EP, que morreu assassinado pelo exército colombiano, em 2011, o máximo dirigente dessa organização na época, Alfonso Cano e que o Governo de Santos Calderón mostrou tal fato como um “triunfo da democracia”.
[3] Lamentavelmente o cessar fogo unilateral por parte das FARC-EP levou a uma resposta de intensificação das ações de guerra por parte do Exército Nacional, ante o qual as FARC-EP respondeu na sua defesa. Após a morte de vários militares o Governo decidiu retomar os bombardeios, onde como é sabido as principais vitimas são as comunidades agrárias. Recentemente com assassinato de vários guerrilheiros, entre eles um dos delegados do diálogo em Havana (Jairo Martinez) que estava em tarefa pedagógica sobre o processo de paz na região de Cauca, as FARC-EP se viu forçada a suspender o cessar fogo unilateral.

Convite de Edson França de União de Negros pela Igualdade - UNEGRO




Saudação de Socorro Gomes do Centro Brasileiro de Soliedaridade e Luta pela Paz - CEBRAPAZ





La paz no llegará con más bombas, sino parando la guerra

22/05/2015

Foto de archivo


Desde el movimiento político y social Marcha Patriótica expresamos nuestro rechazo y sentimiento de dolor ante la muerte de 26 colombianos en el departamento del Cauca, producto de un bombardeo aleve y decidido por el presidente de la República Juan Manuel Santos Calderón.  Insistimos en que no debe morir ni un colombiano más, mientras se habla de paz.

Es importante señalar que este bombardeo se da en medio del cese al fuego unilateral, decretado por las FARC-EP desde el 20 de diciembre del 2014, que tal como lo han constatado diversas instituciones y organizaciones, había contribuido no solo al desescalonamiento del conflicto sino también a generar múltiples beneficios económicos y sociales para las comunidades rurales y para el conjunto del país.

Es lamentable que el gobierno nacional no haya dado una verdadera respuesta de paz a este importante gesto, ya que como lo demuestra el informe del frente amplio por la paz, las fuerzas armadas oficiales habían desarrollado 55 acciones ofensivas durante la tregua unilateral teniendo como resultado muchas de estas acciones, la muerte de líderes insurgentes.  

No compartimos la falsa premisa de que para acelerar los diálogos y alcanzar la paz es necesario agudizar la guerra, dicha lógica es la que ha alimentado el conflicto durante más de 50 años, por el contrario insistimos en que la paz no llegará con más bombas sino es parando la guerra y concretando  acuerdos que solucionen las causas que han dado origen al conflicto social político y armado, es por esto que le insistimos a las partes en la mesa que no se paren de ella y que acuerden urgentemente un cese al fuego bilateral.

Hacemos un llamado al conjunto de la sociedad colombiana y a la comunidad internacional para que emprendamos urgentemente una gran campaña que ponga en el centro la vida, la necesidad de la paz y que ayude a parar la guerra, una campaña que impida que la minoría que se beneficia política y económicamente de la guerra nos la impongan a la mayoría de los colombianos;  una campaña que en campos y ciudades nos permita encontrarnos, reconciliarnos y decir conjuntamente “Por la vida y la paz: Cese al fuego bilateral ya”.

Junta Patriótica Nacional
Movimiento político y social Marcha Patriótica
22 de mayo del 2015

Zona de los archivo
JÁ SÃO 46 AS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS COORDENANDO OU APOIANDO O         II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA


Os preparativos para nosso II Fórum pela Paz na Colômbia continuam e mais organizações continuam se juntando a este processo. Aquí o listado atualizado das organizações que organizam ou apoiam:

1.    ACJM (Associação Cultural José Martí – RJ, Santos SP, RGS)
2.    ALAL (Associação Latino-americana de Advogados Laboristas)
3.      BONDE DA CULTURA
4.      BRIGADAS POPULARES
5.      CALLES (Casa da América Latina Liberdade e Solidariedade)
6.      CASA DA AMÉRICA LATINA
7.      CEBRAPAZ
8.      COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
9.      COLETIVO MINERVINHO OLIVEIRA
10.  COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO (Rio de Janeiro),
11.  CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
12.   CRM (Centro de estudos estratégicos Ruy Mauro Marini)
13.   CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
14. CUT (Central Única dos Trabalhadores)
15.   FITEE federação Interestadual dos Trabalhadores em estabelecimento de Ensino)
16.   FSM (Federação Sindical Mundial)
17.   IELA – UFSC (Instituto de Estudos Latino-americanos)
18.   JCA (Juventude Comunista Avançando)
19.   JUVENTUDE 5 DE JULHO
20.   MARCHA PATRIÓTICA CAPÍTULO BRASIL
21.   MAS (Movimento Avançando Sindical)
22.  Movimento Palestina para Todos e Todas (MOPAT)
23.  MOVIMENTO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS
24.  MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores)
25.  MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
26.  MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
27.  GEA-SUR – UNIRIO (Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur)
28.  OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil)
29.  OCAC (Organização Comunista Arma da Crítica)
30.  ORGANIZAÇÃO A MARIGUELLA
31.  PARTIDO COMUNISTA COLOMBIANO
32.  PT (Partido Dos Trabalhadores)
33.  PCB (Partido Comunista Brasileiro)
34.  PCdoB (Partido Comunista do Brasil)
35.  PCML (Partido Comunista Marxista-Leninista / Brasil)
36.  PCR (Partido Comunista Revolucionário)
37.  PCLCP (Polo Comunista Luiz Carlos Prestes)
38.  PPL (Partido Pátria Livre)
39.  PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)
40.  REFUNDAÇÃO COMUNISTA
41.  SINDIPETRO
42.  TSCC-RJ (Trabalho Social Crítico da Colômbia – Rio de Janeiro)
43.  UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES
44.  UNEGRO (União de Negros pela Igualdade)
45.  UJC (União da Juventude Comunista)
46.  UJS (União da Juventude Socialista)


TODOS E TODAS PELA PAZ COM JUSTIÇA SOCIAL, DEMOCRACIA E SOBERANIA!!!


MONTEVIDEU FOI DECLARADA CAPITAL DE PAZ DA AMÉRICA LATINA EM APOIO À REALIZAÇÃO DO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

18/05/2015



A Intendência de Montevideu declarou o passado 15 de maio "Montevideu Capital de Paz da América Latina" como apoio ao II Fórum pela Paz na Colômbia e à luta do povo colombiano pela paz com justiça social, democracia e soberania.

Este trascendente anuncio chega num momento em que avança de forma muito satisfatória a preparação do nosso II Fórum que já conta com um amplo apoio social e político.

Aquí a resolução completa:


Resolução Nº 2057/15
Assunto do Acordo do 25/05/2015
Exp.: 1030-000371-15

SUMÁRIO: Declara-se de interesse de esta intendência o “II Fórum pela Paz na Colômbia” a ser realizado entre o 5 e 7 de junho de 2015 em Montevideu.


Texto completo da resolução:

Montevideu, 14 de Maio de 2015.

Assunto: a nota do 6 de maio de 2015 do Diretor da Divisão de Relações Internacionais solicita que seja declarada de interesse desta intendência o “II Fórum pela Paz na Colômbia” que será realizado entre os dias 5 e 7 de junho de 2015 em Montevideu;

Resultando: assinala-se que o mencionado evento sera desenvolvido no contexto da declaração de “Montevideu, Capital de Paz da América Latina”, convocando a mais de mil delegados internacionais e que dita solicitude se realiza em virtude do compromisso institucional com a manutenção e construção da paz com justiça scial, a democracia e a defesa dos Direitos Humanos nos nossos povos;

Considerando: que se considera pertinente fazer em conformidade;

A INTENDENTA DE MONTEVIDEU RESOLVE:

1.      Declarar de interesse desta intendencia o II Fórum pela Paz na Colômbia” que será realizado entre os dias 5 e 7 de junho de 2015 em Montevideu.
2.     Estabelecer que a declaração de interesse não supõe apoios materiais específicos, nem a exoneração de obligações legais ou regulamentárias de qualquer natureza e que o uso do logo de esta intendência será supervisionado pelo Equipe de Comunicação Institucional da Divisão de Informação e Comunicação.
3.     Comunique-se à Divisão de Relações Internacionais e Cooperação quem notificará aos interessados e que passe à Divisão de Informação e Comunicação e seus efeitos.

ANA OLIVERA, Intendenta de Montevideo.
RICARDO PRATO, Secretario General.


FORAM REALIZADAS COM SUCESSO AS ATIVIDADES DE PRÉ-FÓRUM NO RIO DE JANEIRO COMO PREPARAÇÃO DO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA
13/05/2015

Os dias 8 e 9 de maio o Rio de Janeiro recebeu as atividades preparatórios do II Fórum pela Paz na Colômbia. Organizadas pelo Comitê Brasileiro de Impulso ao II Fórum, destacaram-se a roda de imprensa realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a mesa de abertura realizada na Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, e o trabalho por mesas e plenária realizada na sede de Sindipetro-RJ.

A pesar dos dias frios e chuvosos, as organizações sociais e políticas e os e as colombianas interessadas participaram intensamente das atividades, na construção dos debates e das propostas a serem levadas para Uruguai.







Destacaram-se as discussões sobre os avanços e limites dos pre-acordos publicados pela mesa de diálogos da Habana sobre os pontos de terras, participação política e o problema dos cultivos de uso ilícitos. Fazendo análises comparadas com a realidade brasileira, foram analisados as pautas políticas do movimento político e social na colômbia sobre esses pontos, e se discutiram alternativas e possibilidades para continuar na luta pela paz com justiça social, soberania e democracia.






Foram levantadas as bandeiras da continuidade dos diálogos, a abertura de diálogos com outras insurgências (ELN e EPL), o cessar-fogo bilateral, as garantias para a participação eleitoral das eleições regionais de outubro de 2015 na Colômbia, o impulso a Assembleia Nacional Constituinte, o Apoio a Cúpula Agrária, Étnica e Popular, a Amnistia e liberdade para as e os prisioneiros políticos, o fim do uso do glifosato para o “ataque” aso cultivos de uso ilícito, dentre outras necessidades sentidas pelas organizações do Brasil e da Colômbia.

Convencidos de que a paz na Colômbia e a paz na América Latina, os participantes encaminharam propostas como declarações, solicitações, e eventos de diversa índole, para continuar na preparação do II Fórum pela Paz na Colômbia, que já se prevê como um grande êxito para este caro objetivo do povo colombiano.

TODOS E TODAS PELA PAZ COM JUSTIÇA SOCIAL!!!
CONTINUAMOS CONSTRUINDO NOSSO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA!!!


ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DOo RIO DE JANEIRO RECEBEU RODA DE IMPRENSA DO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

12/05/2015
Por: TVALERJ



VIDEO - CONVITE II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA (legendado)
04/05/2015


SEGUIMOS AVANÇANDO NA PREPARAÇÃO DO NOSSO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA

30/04/2015




COMITÊ ORGANIZADOR BRASILEIRO DO II FÓRUM PELA PAZ NA COLÔMBIA CONVIDA A EMBAIXADA/CONSULADO DA COLÔMBIA NO BRASIL PARA ATIVIDADE DE PRE-FÓRUM


Rio de Janeiro, 28 de Abril de 2015


Señores

Embajada y Consulado de Colombia en Brasil
Sra. PATRICIA CARDENAS. EMBAJADORA
Sr. RAMIRO ANTONIO NAVIA. CONSUL GENERAL EM SÃO PAULO.


REF: Invitación a participar como ponentes del “Pré-Fórum Pela Paz na Colômbia” en Rio de Janeiro el 09 de mayo de 2015.


Ciudad.


Las organizaciones abajo firmantes, siendo parte de sectores sociales, sindicales, políticas, juveniles, de negritudes, de mujeres y medios alternativos de comunicación, nos hemos puesto de acuerdo para impulsar el II Foro por la Paz de Colombia en respaldo a los diálogos que se adelantan en La Habana y por el impulso de una mesa de diálogo con el Ejército de Liberación Nacional y el Ejército Popular de Liberación.

El II Foro por la paz en Colombia es la continuación del proceso empezado en el año 2012, en el que diversas organizaciones de la sociedad civil de Nuestra América se juntaron en torno al apoyo de los diálogos de paz iniciados en el hermano país sudamericano de Cuba. Tal esfuerzo fue visible a nivel continental a través del exitoso I Foro por la Paz de Colombia, por la Justicia Social, la Democracia y la Soberanía, que se llevó a cabo en mayo de 2013 en la ciudad de Porto Alegre en Brasil, con participación de más de mil personas y la coordinación de casi cien organizaciones de los diversos países de la región.

Los y las participantes nos daremos cita del 5 al 7 de Junio en la ciudad de Montevideo, recibidos por el parlamento uruguayo, por el Frente Amplio y la Universidad de la República. Contaremos con la participación de parlamentarios y organizaciones sociales de toda la región latinoamericana.

En el proceso de preparación del II Foro hemos realizado una intensa labor de difusión y discusión a partir de Pre Foros. Por medio de la presente nos permitimos extenderles una cordial invitación a participar de la actividad de “Pré-Fórum pela Paz na Colômbia” a ser realizado en la ciudad de Rio de Janeiro. Dado que reconocemos que en dicho escenario no pueden faltar las voces de quienes están buscando un acuerdo en la mesa de diálogos de La Habana, les invitamos como representantes del Gobierno colombiano a expresar sus postulados de paz, el día 09 de mayo entre las 09h:00 y las 12h:00 horas [hora de Rio de Janeiro], escenario en que contarán con 40 minutos para expresar sus opiniones y 30 minutos para responder preguntas.

Esta comunicación será hecha pública por los medios auto-gestionados del Foro y de las organizaciones convocantes. También les haremos llegar a ustedes esta misiva en las instalaciones consulares y a través de los correos institucionales disponibilidades por el consulado.

Cualquier comunicación de respuesta a esta cordial invitación puede ser enviada al email: forumpelapazcolombia@gmail.com o al teléfono celular (21) 976732880.

Con anhelos de aportar a la paz en Colombia;


Atentamente;

1. ACJM (Associação Cultural José Martí)
2. ALAL (Associação Latino-americana de Advogados Laboristas)
3. BONDE DA CULTURA
4. BRIGADAS POPULARES
5. CALLES (Casa da América Latina Liberdade e Solidariedade)
6. CASA DA AMÉRICA LATINA
7. CEBRAPAZ (Centro Brasileiro de Solidariedade e luta pela paz)
8. COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
9. COLETIVO MINERVINHO OLIVEIRA
10. COMITÊ DE SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO PALESTINO (Rio de Janeiro),
11. CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
12. CRM (Centro de estudos estratégicos Ruy Mauro Marini)
13. CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
14. FITEE (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino)
15. FSM (Federação Sindical Mundial)
16. IELA – UFSC (Instituto de Estudos Latino-americanos)
17. JCA (Juventude Comunista Avançando)
18. JUVENTUDE 5 DE JULHO
19. MARCHA PATRIÓTICA CAPÍTULO BRASIL
20. MAS (Movimento Sindical Avançando)
21. MOVIMENTO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS
22. MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores)
23. MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
24. MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
25. GEA-SUR – UNIRIO (Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur)
26. OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil)
27. OCAC (Organização Comunista Arma da Crítica)
28. ORGANIZAÇÃO A MARIGUELLA
29. PARTIDO COMUNISTA COLOMBIANO
30. PCB (Partido Comunista Brasileiro)
31. PCdoB (Partido Comunista do Brasil)
32. PCML (Partido Comunista Marxista-Leninista / Brasil)
33. PCR (Partido Comunista Revolucionário)
34. PCLCP (Polo Comunista Luiz Carlos Prestes)
35. PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)
36. REFUNDAÇÃO COMUNISTA
37. SINDIPETRO – RJ. (Sindicato dos Petroleiros – RJ)
38. TSCC-RJ (Trabalho Social Crítico da Colômbia – Rio de Janeiro)
39. UNEGRO (União de negros pela igualdade)
40. UJC (União da Juventude Comunista)
41. UJS (União da Juventude Socialista)
42.União Brasileira de Mulheres (UMB)

TODO PRONTO PARA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE PRE-FÓRUM NO RIO DE JANEIRO



O INSTITUTO DE ESTUDOS LATINOAMERICANOS (IELA) PUBLICA ENTREVISTA COM MILITANTE DA MARCHA PATRIÓTICA SOBRE O PROCESSO DE DIÁLOGO, CONTRADIÇÕES E LUTAS POPULARES NA COLÔMBIA

23/04/2015




BELO HORIZONTE RECEBE PRÉ-FÓRUM PARA TRATAR DA PAZ NA COLÔMBIA

04/2015




Com presença de representante colombiana da Marcha Patriótica, o Pré fórum Capítulo Brasil em Belo Horizonte elegeu a delação que participará do 2º Fórum Pela Paz na Colômbia, que acontecerá em maio no Uruguai


Na noite dessa quinta-feira (24/04), a sede do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais recebeu a atividade Pré fórum Capítulo Brasil, preparatório para o 2º Fórum Pela Paz da Colômbia, que com o tema “Por uma América Latina em paz e livre do militarismo” acontecerá no final de maio em Montevidéu (Uruguai).


Organizado pelo Movimento Político e Social Marcha Patriótica, em parceria com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), PCB, PSOL, Brigadas Populares e o Partido da Refundação Comunista, o Pré fórum recebeu a colombiana Martha Isabel Romero, assistente social, defensora dos direitos humanos em defesa de pessoas em situação de deslocamento forçado. Representante da Marcha Patriótica e uma das organizadoras do 2º Fórum que acontecerá em Montevidéu. Romero relembrou que há três anos acontecia a primeira edição do Fórum em Porto Alegre, que desse tempo pra cá o país ainda vive numa situação de muita repressão das forças paramilitares do governo que oprimem boa parte da população. “Hoje possuímos mais de seis milhões de pessoas que vivem em situação de deslocamento forçado, que perderam suas casas, propriedades, que representa mais de 10% da população”, aponta Martha Romero. 

Nesse contexto, Martha destacou que o movimento popular tem agregado cada vez mais diferentes forças para uma mobilização com objetivo comum de internacionalização pela causa da paz no país, desde camponeses, movimentos urbanos, de indígenas e afrodescendentes. 

Medida por Silvânia Rosa, dirigente das Brigadas Populares, a mesa contou com diversos representantes das entidades co-realizadoras do Pré fórum, além da presença do deputado estadual Geraldo Pimenta (PCdoB). O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Kerison Lopes, deu as boas vindas aos participantes, que elegeram a delegação que participará do 2º Fórum Pela Paz na Colômbia, em Montevidéu em maio.

Encontro com o secretário de Estado de Direitos Humanos


Na tarde do mesmo dia, Martha Romero se encontro com Nilmário Miranda (PT), secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais, na Casa dos Direitos Humanos no centro da capital mineira. O secretário disse que Minas se solidariza à causa em defesa da paz na Colômbia, lembrando a tradição dos mineiros defenderem as causas libertárias e de solidarização internacional.



ATIVIDADE EM PORTO ALEGRE MOBILIZOU MILITANTES E PARLAMENTARES EM DEFESA DO MOVIMENTO PELA PAZ NA COLÔMBIA
21/04/2015





Alerta, alerta, alerta que camina, la espada de Bolívar por America Latina”! Com essas palavras de ordem entoadas pelos presentes, foi encerrado em Porto Alegre o evento preparatório ao II Fórum pela Paz da Colômbia. Na atividade, que ocorreu em 17/04, o militante da Marcha Patriótica - Capítulo Brasil Sergio Andrés Quintero Londoño falou sobre o II Fórum, o andamento nas negociações de paz e as ideias da Marcha Patriótica para a construção da paz com justiça social.

Durante o dia, Quintero esteve com parlamentares gaúchos para falar sobre o Fórum. Conversou com o deputado estadual Pedro Ruas, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que manifestou apoio ao evento. Também foi recebido por Rodrigo Oliveira, presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) e por Francisco Geovani de Sousa, também do PT. Ambos se prontificaram a mobilizar parlamentares do partido para participarem do II Fórum, que será realizado dias 5, 6 e 7 de junho em Montevidéo, Uruguai.

Quintero também concedeu entrevista coletiva a alguns dos principais veículos do estado. Além de falar sobre o evento em Montevidéo, esclareceu alguns mitos sobre a insurgência, como a acusação de ser o principal narcotraficante do país, o que vem sendo desmentido durante a mesa de negociação. Falou ainda do grande número de presos políticos, que chegam a 9,5 mil, e do movimento pela paz, que mobilizou mais de 1 milhão de colombianos nas ruas em 9/4.

A atividade preparatória ocorreu à noite, na Assembleia Legislativa do RS. Cerca de 50 militantes participaram. Começando com um histórico sobre o conflito na Colômbia, Quintero explicou sobre os seis pontos em pauta da mesa de negociação e as principais divergências entre o governo, a insurgência e a Marcha Patriótica. Ressaltou o momento histórico que o país vive, pois pela primeira vez as vítimas estão sendo ouvidas e estão participando dos diálogos pela paz, enquanto os movimentos sociais continuam exigindo sua inclussão direta na mesa de negociações.

Ao final da atividade, os militantes presentes saudaram o movimento amplo que se tornou a Marcha Patriótica, ressaltando que esse é um exemplo de unidade para os movimentos sociais e partidos de esquerda brasileiros. Todos foram unânimes em se comprometer para enviar uma delegação ao II Fórum, devido a relevância do caráter do evento.

Participaram militantes da Associação Cultural José Martí, Associação Nacional de Poisgraduação, Associação dos Poisgraduandos, Associação Piquete Laços de Sangue, APS/PSOL, Centro Cultural, Federação Gaucha do Movimento Comunitario, Fortalecer/PSOL, Intersindical, Instituto Olga Benario Prestes, MOvimento de Justiça e Direitos Humanos, Movimento de Mulheres Olga Benario, Movimento Popular Sindical, Organização A. Mariguella, Partido Comunista Brasileiro, Partido Comunista do Brasil,  Partido Comunista Revolucionario, Partido dos Trabalhadores, Polo Comunista Luis Carlos Prestes, Refundação Comunista, e Unidade Popular.

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TODO PRONTO PARA A REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE DE PRE-FÓRUM EM PORTO ALEGRE

17/05/2015


    Porto Alegre, cidade sede do nosso exitoso primeiro Fórum pela Paz na Colômbia, está pronta para a realização de atividade de Pre-Fórum caminho a Uruguay. Com a palestra "Processo de Paz, Diálogo, lutas e contradições" a Marcha Patriótica e múltiplas outras organizaçõesdo Comité Organizador do Brasil, continuaram a construção ampla e participativa do II Fórum que continua juntando a solidariedade internacionalista com a luta do povo colombiano.

    Nesse sentido o jornal SUL21 salientou que:

 "O II Fórum pela Paz da Colômbia será realizado de 5 a 7 de junho em Montevidéu, com o objetivo de fortalecer a mobilização social e o apoio internacional às negociações entre as FARC-EP e o Governo Colombiano, como um processo indispensável para a construção da paz com justiça social." Ver notícia.

    O portal de outra das organizações do Comitê, salientou:

"Engrossamos o coro do povo colombiano que exige veementemente a continuidade da mesa de diálogos para a finalização do confronto armado entre as FARC-EP e o Estado Colombiano, assim como a abertura de mesas de diálogos com o ELN e o EPL. É preciso continuar reivindicando o cessar-fogo bilateral e a participação direta das organizações sociais e políticas colombianas na mesa de diálogos." Ver notícia.

   E o portal de uma da bancada estadual de outro dos partidos organizadores salientou:

"O II Fórum pela Paz da Colômbia é a continuação do debate sobre as problemáticas do povo colombiano e latino-americano. Será realizado de 5 a 7 de junho em Montevidéu, Uruguai, e tem como objetivo fortalecer a mobilização social e o apoio internacional às negociações entre as FARC-EP e o Governo Colombiano, como um processo indispensável para a construção da paz com justiça social.
A primeira edição do Fórum foi realizada em 2013 na cidade de Porto Alegre. Como preparação à segunda edição, estão sendo organizadas atividades pelo Brasil. Além de Porto Alegre, as cidades de Florianópolis (SC), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR) receberão eventos preparatórios." Ver notícia.
    Todo parede garantir o sucesso de mais uma atividade de preapração do nosso II Fórum pela paz na Colômbia com Justiça Social, Democracia e Soberânia, e por uma Lanito-América em paz e libre de militarismo.


FOI REALIZADO COM SUCESSO ATIVIDADE DE PRE-FÓRUM NA UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS



15/04/2015

Por: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA)



     Várias entidades da luta popular e estudantil realizaram nesse dia 15 um debate sobre a situação do povo colombiano frente a violência do estado, em apoio e preparação para o II Fórum pela Paz da Colômbia - “Por uma América Latina em paz e livre do militarismo”, que deve acontecer em junho, no Uruguai. Esse trabalho de discussão, debate e solidariedade é a continuação de um processo que visa esclarecer sobre as distintas problemáticas do povo Colombiano e latino-americano. O primeiro Fórum, que teve como tema "Justiça social, democracia e soberania", foi realizado em 2013, em Porto Alegre, e a partir dele abriram-se várias frentes de articulação com distintas organizações brasileiras, argentinas e colombianas para debater temas fundamentais e transversais da realidade continental.

     No segundo encontro, a ser realizado no Uruguai, pretende-se dar continuidade ao fortalecimento da mobilização social e ao apoio internacional perante o processo de paz entre as FARC-EP e o Governo Colombiano, entendendo que esse é um caminho possível para construir a paz e a justiça naquele país. Para fortalecer essa solidariedade foram realizados vários pré-fóruns em diversos estados brasileiros, nos quais foram apresentadas as condições atuais da luta popular na Colômbia, os diálogos de paz e seus possíveis desdobramentos. 


    Os jornalistas Matheus Lobo Pismel e Rodrigo Simões Chagas, que escreveram um livro sobre a situação contemporânea da Colômbia, afirmam: “ Na Colômbia, metade das terras está concentrada nas mãos de 1% da população. Dos cerca de 47 milhões de colombianos, um terço vive na pobreza. A guerra entre Estado e guerrilhas dura mais de meio século. Os gastos com segurança nacional representam aproximadamente 28% do orçamento do governo — só ficam atrás dos 46% destinados às despesas da dívida pública. O contingente do exército colombiano está em torno de 445 mil oficiais e só se compara com as forças armadas brasileiras. A diferença é que o Brasil é sete vezes maior em território e quatro vezes mais populoso. A imagem de democracia consolidada, a mais antiga do continente, não condiz com os 180 mil civis mortos pelo conflito armado desde 1958, incluindo um genocídio político de um partido por inteiro, a União Patriótica”.


    A conversa com Sergio Quintero Londoño, da Marcha Patriótica - Capítulo Brasil, reuniu professores e estudantes, que puderam inteirar-se das negociações e das possibilidades da paz na Colômbia. Uma batalha que ainda está longe de ser vencida mas que com a solidariedade internacional pode tornar-se realidade.



FOI REALIZADO COM SUCESSO ATIVIDADE DE PRE-FÓRUM DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO



09/04/2015




Na Universidade de São Paulo, o maior centro de educação superior do Brasil foi realizada uma conversa entre a Marcha Patriótica, pesquisadores e estudantes latino-americanos (Bolívia Brasil, Colômbia e México). O tema central foi a história política da Colômbia, levando em conta que nesta quinta-feira, 9 de abril, completam-se 67 anos do assassinato de Jorge Eliecer Gaitán, a principal liderança popular da história colombiana, cujo principal propósito era lutar contra o domínio hegemônico das oligarquias liberais e conservadoras do país.


Depois de fazer um percurso pelos principais fatos políticos sobre a violência estatal e as diferentes respostas populares, analisou-se o confronto entre as guerrilhas e o Estado que já tem mais de 50 anos. Os debatedores reconhecem a necessidade de pôr fim á guerra, mas esclarecendo que tal processo só pode se consolidar plenamente desenvolvendo as reformas estruturais (políticas, econômicas, sociais e ambientais) que o país precisa, e que foram negadas durante décadas. 


Com o debate, foi apresentada a necessidade de convocar a solidariedade internacional que apoie os avanços dos Diálogos de Paz entre as FARC-EP e o Governo, ao mesmo tempo em que se convida a abertura de diálogos com o ELN e EPL. O apoio às organizações populares que estão construindo o processo de Assembleia Nacional Constituinte também foi expressivo por parte de pesquisadores e estudantes.


Os assistentes se comprometeram a acompanhar o processo organizativo da Marcha Patriótica no Brasil e apoiar no que for preciso as atividades solidarias, como o II Fórum pela paz na Colômbia que vai acontecer em Uruguai no mês de junho. 




Vitória recebe preparativos de fórum internacional sobre paz na Colômbia



Representante do movimento político colombiano Marcha Patriótica fará palestra nesta sexta-feira na Ufes

   O Espírito Santo sedia um dos encontros preparatórios para o II Fórum pela Paz da Colômbia, que acontece em junho no Uruguai. O pré-fórum capixaba busca sensibilizar os participantes e os movimentos sociais locais sobre a temática e convidá-los a comparecerem ao evento internacional na capital uruguaia. O preparatório capixaba se inicia às 16h desta sexta-feira, 10 de abril, na Ufes, com presença de Martha Romero, integrante do movimento político e social colombiano Marcha Patriótica, um dos mais representativos no país vizinho.

   Os diálogos de paz entre o governo colombiano e as forças insurgentes das Farc, que já duram mais de dois anos, são um tema central no debate, já que se busca conseguir uma saída política negociada para o conflito social e armado que já dura mais de 60 anos no país. “Os pré-fóruns são atividades que se programaram buscando divulgar os avanços dos diálogos de paz até o momento. Em Vitória vamos tentar discutir um pouco dos avanços e também das contradições desse processo de paz”, afirma Martha Romero sobre o evento que acontece no Auditório da Associação de Docentes da Ufes (Adufes), no campus da Universidade em Goiabeiras.

   O II Fórum Internacional, que traz como tema “Por uma América Latina em paz e livre do militarismo”, é uma continuação do primeiro, que aconteceu em 2013 em Porto Alegre. “O primeiro fórum foi um sucesso, teve grande acolhida e impacto político, repercutindo na agenda política dos movimentos sociais. Iniciaram-se mais atividades de apoio ao processo de paz e se geraram novos espaços de discussão sobre os movimentos sociais e sua participação nos diálogos de paz”, diz a integrante da Marcha Patriótica no Brasil. “É preciso conquistar a paz, mas uma paz com justiça social, democracia e soberania”, pontua, convidando os capixabas a conhecerem mais sobre o tema nesta sexta-feira na Ufes e também entre os dias 5 e 7 de junho no Uruguai.

   O evento em Vitória faz parte da jornada de pré-fóruns que prevê atividades em Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e outras cidades. Além das organizações colombianas, argentinas e uruguaias, o comitê brasileiro de preparação do II Fórum Internacional conta com adesão de cerca de 40 entidades nacionais. Em Vitória, o encontro recebe apoio de organizações como Brigadas Populares, PCB e PCdoB.

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Autor: Vitor Taveira

O QUÊ: Pré-Fórum pela Paz da Colômbia: Processo de Paz, Diálogos, Lutas e Contradições, com a participação de Martha Romero Villate (Marcha Patriótica - Capítulo Brasil)

QUANDO: Sexta-feira, 10 de abril, às 16h

ONDE: Auditório da ADUFES, no campus da Ufes em Goiabeiras, Vitória



LANZAMENTO DEL COMITÉ ORGANIZADOR BRASILERO DEL II FORO POR LA PAZ EN COLOMBIA. TODOS POR LA PAZ CON JUSTICIA SOCIAL!

Es con inmensa alegría que las organizaciones abajo firmantes informamos al pueblo brasilero y latinoamericano, de la conformación del COMITÉ ORGANIZADOR BRASILERO DEL II FORO POR LA PAZ EN COLOMBIA, que será realizado en la ciudad de Montevideo, Uruguay, en el año 2015, y que desde ya cuenta con el amplio apoyo de fuerzas sociales y políticas democráticas, progresistas y de izquierda en Colombia, Uruguay, Argentina, Brasil y demás países de Nuestra América.

Invitamos a todas las fuerzas políticas y sociales brasileras a que se junten en este proceso de preparación del II FORO POR LA PAZ EN COLOMBIA, recordando el éxito de nuestro primer Foro, realizado en Puerto Alegre en el año 2013, que contó con la participación de delegados de más de veinte países y con la participación de más de ochocientas personas de cien organizaciones, movimientos y entidades.

La necesidad y vigencia de la solidaridad internacionalista con el pueblo colombiano nos convoca a la realización de este FORO, que abordará problemas centrales de toda Nuestra América, pero enfocándose prioritariamente en la situación de Colombia, sobre la militarización y la violación de los derechos humanos.

Vamos a trabajar con el conjunto de fuerzas sociales y políticas que continúan exigiendo vehementemente la continuidad de la mesa de diálogos para la finalización del conflicto armado entre las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo- FARC-EP, y el Estado Colombiano, así como la apertura de mesas de diálogos con el Ejército de Liberación Nacional – ELN, y el Ejército Popular de Liberación – EPL. Es necesario continuar exhortando el cese al fuego bilateral y la participación directa de las organizaciones sociales y políticas colombianas en la mesa de diálogos.

Con espíritu amplio convocamos a todos e todas las interesadas a que nos juntemos en esta lucha, recordando que la paz con justicia social en Colombia es necesaria para toda Nuestra América.

TODOS Y TODAS POR LA CONSTRUCCIÓN DEL II FORO POR LA PAZ EN COLOMBIA!

Organizadores:
BRIGADAS POPULARES
CALLES
CASA DA AMÉRICA LATINA
CEBRAPAZ
COLETIVO FEMINISTA ANA MONTENEGRO
COLETIVO MINERVINO OLIVEIRA
CORRENTE SINDICAL UNIDADE CLASSISTA
CRM
CTB
FSM
MARCHA PATRIÓTICA CAPITULO BRASIL
MPA
MST
MTST
OAB – RJ (Comissão de Direitos humanos)
OCAC
PCB
PCdoB
PCR
UJC
UNEGRO



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